Hoje é um dia muito especial, pois superamos a marca de um milhão de visualizações de nossa pagina noGoogle +, em pouco mais de dois anos e quatro meses, período em que publicamos 246 matérias do Blog Old Races. Obrigado a todos que nos prestigiaram com a sua leitura ao longo destes quase dois anos e meio.
O Mazda 787B é um O Sport Protótipo com velocidade máxima de 358km/h e vai de 0-100km/h em 3
segundos, possui 699cv a 9000rpm e pesa 830 kg. Em 1991 o 787 B tornou-se o primeiro e único
veículo de corrida com motor de embolo rotativo Wankel a vencer as 24 Horas de Le Mans .
O poderoso motor Wankel de embolo rotativo.
No vídeo abaixo nós poderemos ouvir o som brutal deste espetacular motor.
Pesquisa: Wikipédia, a enciclopédia livre, vídeo compartilhado doYouTube, fotografias retiradas de pesquisas naInternet, sem indicações de direitos autorais
O filme abaixo das 24 Horas de Interlagos é mais um dos importantes registros históricos da "era de ouro" do automobilismo brasileiro, que foram os anos 60/70. No filme podemos ver com boa nitidez as vencedoras Alfas Giulia TI da Equipe Jolly, os Renault R8 da Equipe Willys, os DKW da Equipe Vemag, vários Gordini, Simca e FNM Jk. Vale salientar que a presença maciça dos Volkswagen nas pistas começou a partir de 1967 com o lançamento dos motores 1300, 1500 e posteriormente 1600, o que veio possibilitar um maior desenvolvimento para as competições.
Largada das 24 Horas de Interlagos de 1966
Fotografia do arquivo ACP e filme postado no YouTube por Luis Salomão
Estrategicamente próxima ao circuito da Avenida do Centenário em Salvador, a Rua Manoel Barreto é uma descida que vai dar direto na pista, exatamente entre o antigo posto de gasolina Esso (hoje com bandeira Shell) e a entrada onde ficava a pista de acesso aos boxes. Este deve ter sido o motivo pelo qual Chico Landi escolheu a garagem do amigo Mazzo, como local para os dois BMW da Equipe CBE passarem a noite do sábado, dia dos treinos, para o domingo seguinte dia da corrida.
A garagem.
A corrida em questão eram os 500 Km da Bahia de 1968, que acabou sendo vencida por Piero Gancia e Emílio Zambello, com a Alfa Romeo GTA nº 23 da Equipe Jolly Gancia. Nesta época eu já estava envolvido com o automobilismo, mas não tinha ainda a graduação necessária (carteira P.O.C.), para uma prova desta magnitude, por isso fiquei ajudando na organização de pista. Terminado o treino, já ao entardecer, subi andando a rua Manoel Barreto para ir para minha casa que ficava no bairro da Graça, quando me deparei com a cena histórica dos dois BMW sendo recolhidos à dita garagem, sob o olhar atento de Chico Landi, que em pé na rua comandava tudo. Lembro bem que deu um pouco de trabalho para os carros descerem a rampa de acesso, pois muito rebaixados que eram, raspavam o assoalho no chão da calçada.
Fiquei por ali até os carros finalmente serem guardados, cumprimentei o mestre Landi e continuei seguindo o meu caminho, mas com aquele momento histórico já registrado para sempre na minha memória!
O mestre Chico Landi ao lado do BMW nº 2, no grid de largada dos 500 Km da Bahia em 25 de agosto de 1968.
O BMW 1600 nº 4 da Equipe CBE, alinhado no grid de largada dos 500 Km.
A largada dos 500KM da Bahia em agosto de 1968
O BMW #4 alinhado para a largado, ao lado do Volkswagen # 22 de Andre Burity/Ubaldo Lolli que ficou na segunda colocação.
Vários títulos já foram dados ao ex piloto, artista plástico e designer de automóveis Anísio Campos: "O homem carro", "O arquiteto do automóvel" e por ai vai! É fato que Anísio se sobressaiu mais como construtor e designer de automóvel do que como piloto, nem por isso deixando de ser considerado sempre um excelente piloto, tanto é que nas décadas de 60/70 esteve entre os melhores do país, pilotando para algumas das principais equipes da época, a exemplo da Equipe Vemag, da Dacon onde correu com os Karmann Ghia Porsche e da CBE-BMW. Em todas elas teve como companheiros de equipe pilotos do quilate de José Carlos Pace, Wilsinho Fittipaldi, Emerson Fittipaldi,Chico Landi, Pedro Vitor De Lamare, Marinho, Jam Balder, Chiquinho Lameirão e Lian Duarte, entre outros.
Anísio Campos piloto:
Pilotando os Malzones DKW da Equipe Vemag.
Na Dacon com o Karmann Ghia Porsche nº6
Em dupla com José Carlos Pace nas 1000 milhas
500 Km de Salvador, em dupla com Pedro Victor De Lamare.
Anísio Campos designer :
O AC de competições e o Mini DACON também foram suas criações.
O Carcará foi desenhado por Anísio Campos.
O Buggy Kadron que tanto sucesso fez nos aos 70, foi também projetado por Anísio.
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Veja aqui o documentário de VERA VAZ, Anísio Campos - Oito décadas na velocidade da criação e arte.
O HOMEM CARRO - Documentário feito por Raquel Valadares, filha de Anísio, que vale a pena ser visto para se poder conhecer um pouco mais sobre a vida deste personagem que foi tão importante para a história do automobilismo brasileiro.
Material utilizado: Fotografias da revista autoesporte, Quatro Rodas e do documentário "O homen carro" . Documentário de Vera Vaz, compartilhado do YouTube Fotografias compartilhadas de pesquisas na INTERNET sem indicação de direito autoral. oldraces.blogspot.com - m.castrolima.arq@gmail.com
O filme de Omar Ferreira do GP IV Centenário do Rio de Janeiro no Circuito da Barra da Tijuca em 19 de setembro de 1965, é um dos melhores registros da "época de ouro" do automobilismo brasileiro, as décadas de 60 e 70. A corrida que foi disputada no circuito de rua da Barra da Tijuca, reuniu o que tinha de melhor no nosso automobilismo àquela época, Ferrari GTO, os Abarth da Simca, os Alpines A110 da Equipe Willys, Alfa Romeo Giulia Super, Alfa Romeo Zagatto, os Malzones e carreteras DKW da Equipe Vemag, os Simcas Tufão da Equipe Simca, as Berlinetas Interlagos e Gordinis da Equipe Willys, além de vários Volkswagen, Simcas, Gordines e Interlagos, dos pilotos independentes. Para quem curte o automobilismo antigo, é uma verdadeira joia, principalmente pela nitidez com que se pode apreciar os carros nas curvas, em derrapagens controladas bem ao estilo de pilotagem da época! Vale aqui uma referencia ao excelente trabalho de recuperação feito em 2008 por José Carlos Tadeu, Paulo Faria e Célio Guedes.
Classificação
Final do GP IV Centenário de 1965
1. Camilo Christófaro – Ferrari GTO, 60 voltas, em 1h58m23s08, média
132,894 km/h
O Puma na entrada da revenda Caria Ribeiro em Salvador - escudo comemorativo do 1º ano da Escuderia AF - escudo da Escuderia AF - Propaganda Caria Ribeiro revenda Puma
Muito já se falou sobre este Puma da Escuderia AF, sobre sua mecânica e sobre suas façanhas que o colocaram definitivamente nas paginas da história, não só da Puma Veículos, mas principalmente na história do automobilismo baiano e brasileiro. A história deste Puma confunde-se com a da Escuderia AF e é exatamente isto que desejamos contar hoje! A recém fundada Escuderia AF, tinha entre os seus idealizadores, três pilotos baianos que já atuavam nas corridas da Barra desde o inicio dos anos 60 , Adriano Fernandes, Lulu Geladeira e Nelson Taboada. Adriano e Lulu em 1960 já cultivavam uma amizade com Jorge Lettry, tendo Lulu já pilotado para a Vemag sob o comando Lettry, o que abriu o caminho para a futura parceria com a fábrica Puma, tornando a Escuderia AF uma espécie de equipe semi oficial da fábrica. Este primeiro Puma de corrida iria estrear nos 500km da Bahia pilotado por Lulu Geladeira e Nelson Taboada, porém por motivos familiares Nelson desistiu de correr e indicou para lhe substituir, o piloto carioca Norman Casari. O carro já veio da fábrica pintado na cor amarela e ostentando o nº 17, que tinha sido escolhido anteriormente por ser uma combinação do nº1 que Lulu geladeira corria na Barra com o nº 7 de Nelson Taboada, era um Puma muito especial, chassi nº1.430.111 e carroceria nº001-68, tinha detalhes externos únicos como os limpadores do para brisa juntos e centralizados, saia traseira curta e tampa do motor com entrada de ar, além do bocal do tanque de combustíveis saliente para abastecimento rápido em corridas. Internamente era despojado de acabamentos, vindo dai a origem da denominação "Espartano" . Foi o precursor da linhagem dos Espartanos de fibra mais fina que a fábrica produziria posteriormente. Apesar da conturbada estreia do carro nos 500 km da Bahia em 1968, quando foi desclassificado numa decisão polêmica, a parceria com a Puma rendeu bons frutos, tendo o Puma vencido várias corridas em 68 e 69,em Recife, Salvador e Fortaleza, incluindo ai a corrida inaugural do Autódromo Virgílio Tavora. O campeão em ação:
Primeira corrida - Circuito da Centenário - 500 Km da Bahia em 1968, (Lulu Geladeira/Norman Casari).
Primeira vitória - Circuito da Cidade Universitária no Recife, (Lulu Geladeira).
Segunda vitória - Inauguração do Autódromo Virgílio Tavora no Ceará, (Lulu Geladeira).
Terceira vitória - Circuito da Centenário em Salvador, (André Burity). As vitórias se sucederam até a chegada do segundo Puma Espartano que tinha inicialmente mecânica Porsche e era muito mais bem preparado para as competições, com a fibra mais fina e acrílico no lugar dos vidros, sendo por isso bem mais leve que o primeiro.
O Puma Porsche, foi o segundo Puma Espartano, já com a fibra mais fina.
Ocupou portanto o lugar de principal carro da equipe, herdando até o nº17 e ficou o nº71 para o primeiro Puma que dai para a frente não teve mais uma carreira tão brilhante mas mesmo assim ainda conseguiu ainda algumas vitórias e outras boas colocações nas diversas provas em que participou.