Como já vimos anteriormente aqui no blog, a história das corridas automobilísticas ficou imortalizada nos belos quadros de alguns artistas que se especializaram em retratar em pintura documental, a evolução das maquinas e das competições ao longo dos anos, desde os primórdios até os dias atuais.
Desta vez mostraremos um pouco dos belíssimos trabalhos de Juan Mendez, envolvendo estas magníficas invenções do homem, que foram os automóveis e as corridas !
MATERIAL UTILIZADO: Imagens de pinturas de Juan Mendez, compartilhadas de fineartamerica.com
Copyright - Juan Mendez
Caso os detentores dos direitos autorais das imagens aqui mostradas, não concordem com a utilização das mesmas, favor entrar em contato pelo e-mailm.castrolima.arq@gmail.com, que serão excluídas.
Jim Clark no GP de Mônaco, em uma das suas atuações brilhantes antes do carro quebrar...
O escocês Jim Clark na nossa opinião, é um dos maiores pilotos da história do automobilismo, um nome que junto com Juan Manuel Fangio, Ayrton Senna e Michael Schumacher, foram respectivamente os melhores de sua época!
Clark era de um tempo onde os pilotos foram mais versáteis e competiam simultaneamente em várias modalidades do esporte a motor, tais como Formula 1, Formula 2, Turismo, Rallyes, Protótipos (corridas de resistência tipo 24 Horas de Le Mans), Indianápolis, etc.., tendo sido o único piloto no mundo que conseguiu vencer o campeonato de Formula 1 e as 500 Milhas de Indianápolis no mesmo ano, em 1965, tendo com isso se ausentado do GP de Mônaco daquele ano pois era tradicionalmente no mesmo final de semana que as 500 milhas.
Em 1965 Clark não correu no GP de Mônaco de Formula 1, pois estava nos EUA participando e vencendo as 500 Milhas de Indianápolis.
Vale lembrar que outros pilotos como Graham Hill, Mario Andretti, Emerson Fittipaldi e Jacques Villeneuve também conseguiram o mesmo feito, mas não no mesmo ano.
Jim Clark na Formula 1 sempre correu pela Lotus e foi no auge de sua carreira, pilotando um carro desta marca, que ele morreu no dia 7 de abril de 1968 no circuito de Hocknheim, em uma prova de Formula 2.
No ano de seu falecimento os feitos alcançados pelo escocês eram impressionantes, foi por duas vezes campeão mundial, tendo corrido 72 vezes na F1 com 25 vitórias e 33 poles, o que era um recorde absoluto na época, batendo as 24 vitórias e 25 poles de Fangio.
Em 7 de abril de 1968, Jim Clark faleceu neste trágico acidente em uma prova de Formula 2.
Uma curiosidade marcante na carreira de Jim Clark na F1, foi o azar que o mesmo tinha em Mônaco, tendo abandonado todas as corridas que participou, por falha mecânica, apesar de ter largado na pole em quatro ocasiões, como podem ver pelo quadro abaixo:
Jim Clark em foto comemorativa de uma das suas 4 pole positions no GP de Mônaco na década de 60.
Abaixo, apenas como ilustração, está um trecho de uma matéria publicada no site GP Total, onde faz uma referência ao constante azar de Clark no GP de Mônaco:
porMárcio Madeiraem
O Campeonato Mundial teve início em Mônaco, única prova do ano na qual esperava-se que os esguios carros ainda equipados com motores menores do que permitia o novo regulamento pudessem andar tão bem quanto seus pares mais musculosos. E, de fato, Clark tratou de confirmar tal previsão ao assegurar uma exuberante pole position, dois décimos de segundo mais rápido que o não menos impressionante John Surtees, que vinha lutando heroicamente para se recuperar das terríveis sequelas de um fortíssimo acidente sofrido oito meses antes, em Mosport, que momentaneamente havia deixado um lado de seu corpo aproximadamente 10 centímetros mais curto do que o outro. O feito de Big John torna-se ainda maior quando observamos que ele guiava o modelo 312, equipado com o novo motor 3.0 V12, ao passo que a Ferrari havia entregado a Lorenzo Bandini um modelo 246 equipado com motor V6 de 2,4 litros, mais apropriado para as esquinas de Monte Carlo.
Na largada Jimmy mais uma vez pulou bem, mas dessa vez o azar que sempre o perseguia em Mônaco nem ao menos esperou a primeira curva para entrar em ação. O Lotus ficou preso em 1ª marcha, e quando a situação foi contornada o pole position já tinha todo o pelotão à sua frente.
Dando início a uma de suas irresistíveis recuperações, Clark já corria em sétimo na 10ª volta, a 38 segundos do líder Stewart. Passadas mais dez voltas ele já estava em quinto, colado em Bandini, Rindt e Hill, e quarenta giros mais tarde ele aparecia na quarta posição, apenas 25 segundos atrás de Jackie, que continuava na liderança. Na 61ª volta Jimmy superou Hill para assumir a terceira posição, e então foi novamente golpeado pela má sorte quando sua suspensão traseira colapsou. Enquanto esteve na pista, Clark não apenas foi sistematicamente o piloto mais rápido, como também realizou uma série de ultrapassagens no traçado mais improvável do calendário para este tipo de manobra.
Criado em 1980 pela família Castro Lima, o Hotel Enseada das Lajes foi um marco na hotelaria brasileira, um dos primeiros hotéis do país a ser idealizado dentro do conceito de "hotel boutique", luxuoso, pequeno e exclusivo.
A história do Enseada porém tem início nos anos 70 quando o patriarca Alberto de Castro Lima era ainda vivo e sempre falava que a sua casa do Rio Vermelho dava para ser um hotel nos moldes dos pequenos e charmosos hotéis europeus, referindo-se sempre ao Splendido de Portofino, na Itália.
Com a sua morte em janeiro de 1980, a ideia então virou realidade, pelas mãos de sua esposa Maria Simões de Castro Lima, seus filhos e noras.
O Enseada começou a ganhar fama logo no primeiro ano de funcionamento, passando a ser o preferido de muitos artistas, socialites, músicos, empresários, políticos e intelectuais brasileiros e de outros países, sendo então em 1984 convidado a participar da fechadíssima e sofisticada associação de hotéis Relais & Chateaux, na qual foi sempre muito bem avaliado.
Em 1987 foi eleito pela editora Abril , como o primeiro dos 10 hotéis mais charmosos do Brasil, constantemente passou a ser matéria de reportagem em muitas publicações mundiais.
Pelo Enseada passaram príncipes, presidentes, intelectuais, empresários, esportistas e artistas, além de muitos nomes famosos no"Grand Monde internacional" , tais como SAS Príncipe Rainier e SAS Príncipe Albert de Mônaco, Rainha Silvia da Suécia, Príncipe saudita Fadul Abdulh, Príncipe Ali Khan do Paquistão, os presidentes brasileiros, Ernesto Geisel, Collor de Mello, Itamar Franco e Fernando Henrique Cardoso, Delfin Neto, atores Sir Roger Moore, Sophia Loren, Raul Juliá, Richard Dreyfuss, Ben Gazarra, Robert De Niro, Sonia Braga, Jorge Amado, Carybé, Carlos Bastos, José Saramago, Juca Chaves, Washington Olivetto, Paulo Autran, Raul Cortez, Marta Rocha, José Mindle, o guitarrista dos Rolling Stones, Ron Wood, entre muitos outros.
Acima as fotografias e abaixo os textos da reportagem especial da revista Ventura nº1, sobre o hotel Enseada das Lajes.
Na saborosa e sofisticada cozinha internacional do Enseada, tinha também lugar para os melhores pratos típicos da culinária baiana.
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Depoimento:
Por Mauricio Castro Lima
A casa que abrigou o Hotel Enseada das Lajes, teve a construção iniciada em 1966, tendo como base o projeto inicial do arquiteto e também ex piloto, Sergio Bernardes e ficou pronta em 1969. Moramos lá até início de 1980, quando a mesma passou por uma grande reforma para então se transformar no hotel.
O Hotel funcionou até o final da década de 1990, quando o imóvel foi então vendido.
Ao longo desses anos, várias matérias que publiquei aqui no Old Races, com alguns carros e motos que eram de minha propriedade, foram fotografados no estacionamento do Hotel.
Uma localização privilegiada no alto do Morro da Paciência, situado no boêmio bairro do Rio Vermelho.
Em 1967 , durante a construção.
Na área do estar/bar do Enseada, quatro épocas diferentes:
- Em 1976, ainda como casa residencial, Maria e Alberto de Castro Lima.(1)
- Em 1987, já hotel, Maria Castro Lima e Jorge Amado, com um convidado.(2)
- Em 1993, como sede do governo brasileiro, presidente Itamar Franco e Fernando Henrique Cardoso em reunião de trabalho.(3)
- No carnaval de1998, Gal Costa e Mauricio Castro Lima.(4)
Na varanda do Enseada, um encontro de artistas e intelectuais da Bahia, Carlos Bastos, Carybé e Jorge Amado, vendo-se também a Miss Universo Marta Vasconcelos, (terceira á direita) e Sinísia Coni, entre outros.
Reunião da família Castro Lima com amigos, na direita o piloto Carlos Alberto Medrado e sua esposa Gina Medrado.
Alberto de Castro Lima Filho, Ana e Mauricio Castro Lima.
Notícias diversas e o decreto tornando Salvador a sede simbólica do governo, assinado pelo presidente Itamar Franco, em 1993.
Notícias sobre a estadia do príncipe Rainier no hotel.
A tradicional festa de Iemanjá do Hotel Enseada das Lajes.
Um dos poucos hoteis do Brasil a participar da seletíssima associação de hotéis Relais & Chateaux.
Caixa de charutos Suerdieck, feitos exclusivamente para os hóspedes do Hotel Enseada das Lajes.
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