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quarta-feira, 30 de outubro de 2013

Chevrolet C10 350 V8 - Corvette


No "Encontrão" de todos os seguimentos do ANTIGO MOBILISMO, Automobilismo, Motociclismo e afins, realizado no início do mês no estacionamento do Shopping Bela Vista, uma verdadeira preciosidade chamava a atenção dos olhos mais atentos. Uma Chevrolet C10 nova parecendo que acabara de sair da fábrica e pasmem, com a mecânica inteira retirada de uma Corvette!   



Interior com forração em couro bordô, ar condicionado, direção hidráulica, cambio automático com alavanca seletora  na coluna da direção e vidros rayban tornam a pickup muito confortável e elegante.


O motorzão 350 V8 ronca bonito e suave numa adaptação super cuidadosa e muito bem feita.
Chama a atenção o excelente acabamento tanto no interior da cabine quanto no compartimento do motor e carroceria em geral.


Nossos parabéns ao proprietário!





Fotos: Arthur Barros - texto: Mauricio C. Lima.



domingo, 27 de outubro de 2013

Colorindo as corridas dos anos 60 - ( 2 )

- HISTÓRIA DO AUTOMOBILISMO BRASILEIRO -

 Old Races continua aqui a série de postagens com fotografias coloridas que retratam os grandes momentos do
automobilismo brasileiro dos anos 60. 
A origem das fotos em sua grande maioria são as revistas Autoesporte e Quatro Rodas, além do nosso arquivo e fotos eventuais retiradas de pesquisas pela Internet.
Todas as fotografias utilizadas são originalmente em preto e branco e foram coloridas manualmente e/ou utilizando recursos digitais, procurando chegar sempre ao máximo de fidelidade possível ! Nos casos de carros comuns que não conseguimos identificar a cor verdadeira usamos sempre o bom senso colocando uma cor compatível com a época e o modelo do veículo, clara ou escura conforme indica a

sexta-feira, 25 de outubro de 2013

Os acidentes da Centenário

- HISTÓRIA DO AUTOMOBILÍSMO BAHIANO -




Durante os quase cinco anos de corridas na pista da Avenida do Centenário alguns poucos acidentes graves aconteceram, os quais felizmente não deixaram sequelas em nenhum dos pilotos envolvidos. Os principais destes acidentes estão descritos abaixo, alguns com fotos do estado em que ficaram os carros.

             Mapa do circuito assinalando os prováveis locais dos acidentes.
NOVO MAPA DO CIRCUITO COM AS DEVIDAS CORREÇÕES

1 - 500 km da Bahia em 1969, acidente nos treinos, envolvendo a Alfa GTA da Jolly Gancia pilotada por Ubaldo Lolli e o Malzoni DKW  do piloto goiano Neuder Motta (Dezinho). Na foto os destroços que restaram do carro de Neuder. Felizmente o piloto sofreu apenas ferimentos leves sem maiores consequências.  
Este Malzoni pertenceu ao piloto carioca Norman Casari que usava o numero 96. 

Foto reprodução (blog do Mestre Joca e Mocambo- Blog do Jovino)

?- Enfim identificado- Acidente com o Gordini nº 5 da Equipe Motophine, pilotado por Nagib Fadul, que após derrapar, bater no meio fio e capotar, pegou fogo ficando inteiramente destruído pelas chamas, o piloto nada sofreu.


NOTA DO AUTOR - Pesquisar o passado quase meio século depois é sempre complicado, faltam informações, fotografias e registros, então tenta-se ter a máxima certeza do que se esta publicando e afirmando, mas as vezes erros podem acontecer! A FOTOGRAFIA À ESQUERDA PODE SER UM POSSÍVEL ERRO!!! Tida por muitos pilotos durante décadas como a foto do acidente do Malzoni de Neuder Motta nos 500 km da Bahia em agosto de 1969, agora depois da publicação olhares mais atentos perceberam que a porta do carro acidentado não corresponde à do Malzoni. Eu corri os 500 km,  passei várias vezes pelo carro acidentado durante os treinos e não lembrava nem a cor do mesmo, pensava que era a foto correta, mas hoje olhando o detalhe da porta tenho minhas dúvidas! O grande problema é que a fotografia é autentica,  pertence ao acervo do ex piloto da Escuderia AF, John Brusell, é de 1969 e na Avenida do Centenário em dia de corrida, pois o carro está no sentido inverso ao do tráfego normal, além disso  pelo que me consta naquela prova não houve outro acidente, principalmente com tamanha destruição do carro. Voltarei a pesquisar com os pilotos daquela época para tentar resolver este mistério!!!
FINALMENTE O MISTÉRIO RESOLVIDO!!
ATUALIZAÇÃO E CORREÇÃO:
Mestre Joca publicou em seu blog no dia 07/11/2014 a matéria cujo link de acesso vai a seguir, com as verdadeiras fotos do Malzoni antes e após o acidente (veja abaixo), fica então parte das dúvidas esclarecidas, restando ainda se descobrir qual foi o carro do acidente acima, bem como o piloto e em qual corrida.

 http://mestrejoca.blogspot.com.br/search?updated-max=2014-11-20T10:29:00-02:00&max-results=7

Veja um depoimento sobre o acidente dado pelo próprio Neuder Motta para o Jovino Benevenuto  (Mocambo- Blog do Jovino), clicando no link abaixo:

http://blogdojovino.blogspot.com.br/

2-Acidente com o Protótipo Elva da Equipe RM pilotado por Roberto Bahia que saiu bastante ferido no rosto e foi hospitalizado, porém sem lesões graves.

3-Acidente com o protótipo ELVA da Equipe Cobape que após perder os freios bateu forte na curva do posto.O piloto Carlos Medrado teve ferimentos de média gravidade sem maiores consequências, ficando o carro bastante avariado conforme mostra a foto abaixo. 


 4 - Acidente nos 500 km da Bahia em 1968, que envolveu o Puma Espartano VW da Escuderia AF e o Volkswagen nº 11 da Equipe Cascão-BRASAL pilotado por Paulo Guaraciaba de Brasília. Este acidente foi motivado segundo denuncia da Brasal por uma suposta fechada do Puma que no momento era pilotado por Norman Casari. A denuncia resultou na desclassificação do carro da AF, o que gerou uma grande polêmica e terminou em pancadaria nos boxes. Na foto o Volkswagen sendo retirado do canal onde caiu após capotar.


5 -Acidente com o Puma Espartano  1968 da Escuderia AF. O piloto Lulu Geladeira perdeu o ponto de freada e bateu forte contra o muro de uma casa na curva do Calabar sem sofrer nenhum ferimento. 
Não existem fotografias do acidente.*
* ATUALIZAÇÃO:
Pesquisando nos arquivos de Adriano Fernandes, o fundador da escuderia AF, localizamos fotografias do acidente com Lulu Geladeira

6 - Acidente com Ivan Cravo (protótipo ELVA da Equipe Cravo-Bauer), o piloto nada sofreu e o carro teve apenas avarias leves.

 7 - Acidente com o Volkswagem da Equipe Dick, pilotado por Antônio Carlos Pita Lima (Toncar) em 1968. O piloto teve que ser hospitalizado com ferimentos leves.

Abaixo algumas fotos de rodadas, uma quase capotagem e pequenos acidentes em diversas corridas:

                               Miralvo x  Fred Leal


                                          Fred Leal


                                  Luis Cardassi

                                Nelson Bastos

                                                 Albino Brentar

                                Carlos Eduardo F. Silva -(Babinho).



MATÉRIA CORRIGIDA E ATUALIZADA EM 23 DE DEZEMBRO DE 2014.
NOVA ATUALIZAÇÃO EM 06 DE AGOSTO DE 2015.
NOVA ATUALIZAÇÃO EM 30 DE DEZEMBRO DE 2017.


Material utilizado na postagem: Fotografias dos arquivos de : Carlos Medrado, Carlos Eduardo Ferraz Silva, Fred Leal, John Brusell, Mauricio de Castro Lima, Adriano Fernandes, Marcos Benevides e Ivan Cravo. Fotografias da revista Quatro Rodas, fotografias do jornal A TARDE, fotografia de MESTRE JOCA / Jovino Benevenuto Coelho. Link de acesso a mestrejoca.blogspot.com e blogdojovino.blogspot.com.

sábado, 19 de outubro de 2013

Colorindo as corridas dos anos 60

 -HISTÓRIA DO AUTOMOBILISMO BRASILEIRO-
                                          

Num trabalho delicado que envolve cultura automobilística, acervo histórico e arte, tudo isto com uma boa dose de paciência e perseverança, o Espaço Old Races inicia hoje uma série de postagens de fotografias coloridas por nós, que retratam os grandes heróis (máquinas e homens) do
automobilismo brasileiro dos anos 60. A origem das fotos em sua grande maioria são as revistas Autoesporte e Quatro Rodas, além do nosso arquivo e fotos eventuais retiradas de pesquisas pela Internet.
Todas as fotografias utilizadas são originalmente em preto e branco e foram coloridas manualmente e/ou utilizando recursos digitais procurando chegar ao máximo de fidelidade possível ! Nos casos de carros comuns que não conseguimos identificar a cor verdadeira seguimos sempre o bom senso colocando uma cor compatível com a época e o modelo do veículo, clara ou escura conforme mostra a fotografia.




Os Abarth Simca no autódromo de Interlagos.




Os três Karmann Ghia Porsche da Equipe Dacon, no autódromo de Interlagos.




 Tres DKW Malzone da Equipe Vemag em Piracicaba - São Paulo



Alfas Giulia da Equipe Jolly Gancia vencendo as 24 Horas de Interlagos em 1966.


Berlinetas Interlagos 12 e 21 da Equipe Willys.


Gordinis 41 e 42 da Equipe Willys no autódromo de Interlagos.



 FACEBOOK - COMENTÁRIOS:

 http://oldraces.blogspot.com/2013/10/colorindo-as-corridas-dos-anos-60.html?spref=fb
oldraces.blogspot.com





Material utilizado: Fotografias originais em preto e branco, das revistas Autoesporte e Quatro Rodas, fotografias coloridas por Espaço Old Races- m.castrolima.arq@gmail.com

quinta-feira, 17 de outubro de 2013

Equipes baianas - Equipe Curvello (Parte 2)

- HISTÓRIA DO AUTOMOBILISMO BAHIANO -

Continuação


                                    Primeiro logo da Equipe Curvello.


VW nº 4 Curvello no Autódromo Virgilio Tavora no Ceará.


VW  nº 4 da Equipe Curvello na Avenida do Centenário Salvador Bahia.

            Volkswagen  Força Livre divisão 4  1.900cc                      



Principais alterações na carroceria e chassi:

Capo dianteiro, tampa do motor e para lamas, em fibra de vidro, recortados e com novo desenho.
Portas em fibra de vidro, sem mecanismo para levantar os vidros nem paineis.
Interior despojado sem forração alguma.
Retirada de todos os frisos, para choques, estribos, pisca, tampa de porta luvas, etc.
Retirada de toda a fiação excedente.
Colocação de barra protetora ante capotamento (Santo Antonio), fixadas ao chassi.
Retirada de todos os botões e relógios do painel exceto o das luzes e limpador de para brisa.
Colocação de novos instrumentos e botões de acordo com o seguinte:
     -Velocímetro até 200 km/h
     -Conta giros até 8.000 rpm
     -Medidor de pressão do óleo.
     -Medidor de temperatura do óleo
     -Amperímetro.
     -Botão para ignição.
     -Interruptor para cortar corrente geral.
     -Interruptor para cortar corrente da ignição, (para resfriamento do óleo
       durante as corridas).
     -Interruptor para bateria auxiliar.
Abertura de entradas de ar laterais, com utilização de mangueiras para levar o fluxo de ar diretamente às aletas de refrigeração das camisas dos cilindros.
Substituição de todos os vidros por acrílico, exceto o para brisa.
Volante da marca F1 com menor diâmetro. Posteriormente foi substituído por um esportivo de maior diâmetro para melhorar o conforto ao pilotar.
Banco de competição tipo concha com cinto de segurança abdominal.


Principais especificações técnicas:


MOTOR e CAMBIO:

Motor Volkswagen boxer 4 cilindros a ar, bloco forjado e trabalhado internamente.
Cilindrada 1900 cc –(Kit cilindros/anéis/pistões de 92 mm).
Eixo virabrequim roletado 78,4 mm.
Comando de válvulas P3 (Puma), com polia regulável (quando a refrigeração era por meio de ventoinha).
Cabeçotes com dupla entrada trabalhados internamente e polidos, com válvulas, sedes e molas de 40 mm.
Carburação Weber 48 IDH trabalhada e polida internamente
Coletores de admissão polidos internamente.
Volante do motor aliviado e balanceado
Bomba de óleo dupla M8, carter seco, com radiador e reservatório para 17 litros.
Taxa de compressão – 11,5:1
Potencia estimada – 140 HP
Combustível – gasolina azul de alta octanagem.
Cambio nº. 2 (Puma), com diferencial longo, 8:31).
Escapamento direto, 4x1 em tubos de 2 polegadas, dimensionado, com ponteira final em tubo de 4 polegadas.

FREIOS, SUSPENSÃO e RODAS:

Freios a disco na dianteira e tambor com lonas reforçadas na traseira.
Suspensão dianteira trabalhada e rebaixada (Kit Puma regulável), com estabilizador especial.
Suspensão traseira rebaixada com cambagem negativa e estabilizador especial.
Rodas traseiras – 14 x 10 polegadas
Rodas dianteiras – 13 x 8 polegadas

OUTRAS INFORMAÇÕES:
Após alterações de carroceria e chassi, peso de aproximadamente 620 Kg.
Velocidade final em torno de 210 km/h, (com diferencial longo).
Refrigeração direta sobre os cilindros, com captação de ar nas laterais do carro.
Sistema elétrico 12 volts, sem gerador, e bateria de 65 amp (para provas de longa duração era usada uma bateria reserva com chave seletora e circuito independente para ser acionada com o carro em movimento).
Tanque de combustível com capacidade para 80 litros e bocal de abastecimento rápido com 4 polegadas de diâmetro.



Cortes esquemáticos do carro, onde são visualizadas as principais modificações e principalmente o fluxo de ar para a refrigeração direta do motor, com a eliminação da ventoinha e gerador.



                                          Corte 1



                                            Corte 2

Fotomontagens (Produzidas e coloridas por Old Races), da evolução dos diversos padrões de pintura e grafismo utilizados:

1-      Inicio, primeira versão de pintura. Nesta época o radiador ficava posicionado sobre a tampa do motor.

2-   Evolução do padrão inicial, o numero sai da porta para dar lugar ao nome Curvello.
3- Padrão utilizado na maioria das corridas, de final de 69 até inicio de 71.
4-      Novo visual da equipe, inclusive com novo logo, novas cores, (a faixa preta deu lugar ao azul escuro) e novas rodas Porsche, para o ano de 1971. 
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Depoimento

A Equipe Curvello teve uma participação ativa nas competições, desde a sua fundação ate 1971, tendo inclusive conseguido uma vitória na pista da Avenida do Centenário, em 1970.
 No final de 1971, sentindo que os carros com mecânica VW, estavam ficando defasados, parti para um projeto mais ambicioso de correr com o OPALA que despontava com muito potencial e um futuro promissor no automobilismo brasileiro.


O Volks e equipamentos foram passados para Medeirinho, que continuaria a correr com o mesmo, porem por outra equipe e começei as negociações com a Tratocar, revendedora  Chevrolet,  nas mesmas
 bases do acordo anterior com Curvello, mantendo o meu patrocinador principal que era a SANCA.
 O carro a ser preparado era um Opala 1970 de 4portas, branco, motor 3.800cc, herdado do meu pai, que havia adquirido um novo.
Quando estava tudo acertado e ate já tínhamos iniciado o desmonte do carro e feito um acordo  com a Envemo para a preparação dos motores, aconteceu a proibição de provas de rua na Bahia e em todo o país, o que fez com que o projeto da EQUIPE TRATOCAR CHEVROLET  fosse abortado. 
Vários anos depois a equipe Tratocar Chevrolet veio a se materializar com as provas de Rallye, mas ai é uma outra historia para contar posteriormente!

Mauricio de Castro Lima.
Dezembro de 2011         
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                                                                           FIM


 Material utilizado:  Fotografias, montagens , desenhos esquemáticos e textos do arquivo pessoal de   Mauricio Castro lima. 
oldraces.blogspot.com m.castrolima.arq@gmail.com