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domingo, 15 de outubro de 2017

Willys Gávea

- HISTÓRIA DO AUTOMOBILISMO BRASILEIRO -



Na década de 60 a Willys Overland do Brasil, por intermédio do seu departamento de competições, a Equipe Willys de Competições, produziu um Formula 3 que foi denominado de Willys Gávea, com o intuito de ingressar no circuito das competições internacionais, mais precisamente na temporada Argentina de formula 3 do ano de 1966.
O piloto escolhido por Antônio Grecco para a empreitada, foi Wilson Fittipaldi, que era um dos principais pilotos da equipe àquela época.
O carro não foi muito bem, principalmente devido aos  problemas elétricos e mecânicos, mas segundo Grecco e Fittipaldi afirmaram na reportagem de Autoesporte, a experiência valeu e muito!

Fotografia oficial da Equipe Willys com o F3 Willys Gávea no centro, ladeado pelas Berlinetas Willys Interlagos e pelos Renault 1093.



O Willys Gávea no Autódromo de Interlagos sendo pilotado por Wilson Fittipaldi.

O Willys Gávea na capa da revista Autoesporte de 1966.
Abaixo temos toda a aventura da Willys na Argentina, contada pelas excelentes reportagens de Orlando Belmonte Jr.

















quinta-feira, 12 de outubro de 2017

Dia das crianças


Em homenagem ao dia das crianças:

Autorama Estrela, o brinquedo que fazia a alegria de muitas crianças dos anos 60!









Old Races

Simca Show - Euclides Pinheiro

O Simca Show era um espetáculo de acrobacias feitas por uma equipe de pilotos e equilibristas que se apresentaram pelo Brasil no meado dos anos 60, com os veículos da marca Simca.
Os shows inicialmente foram apresentados pela equipe francesa de Jean Sunny e posteriormente pela equipe do brasileiro Euclides Pinheiro e tinham como objetivo a divulgação da linha do novo motor Tufão, recentemente lançada pela Simca do Brasil.


 Como vimos na matéria anterior,  https://oldraces.blogspot.com.br/2013/07/simca-show.html
 o objetivo da fábrica era passar ao público consumidor a imagem de veículo resistente, pois o Simca Chambord devido ao fraco desempenho do antigo motor Aquillon V8, vinha sofrendo um desgaste de imagem, com fama de carro frágil e de fraco desempenho. 
A filmagem mais conhecida do Simca Show é o trecho do filme "As Cariocas", já amplamente divulgado pela internet, porém tem também um filme da Cometa Filmes que mostra com bastante nitidez e detalhes, uma apresentação feita em um local perto da cidade de Barretos.
Veja clicando no link abaixo, uma compilação destas exibições, feita pela Revista Colecionismo BR.

 SIMCA SHOW


Na sequencia acima, uma derrapagem controlada.

 O show em duas rodas.

Os carros abastecendo antes do show começar.

 Euclides Pinheiro.

CLIQUE NO LINK ABAIXO PARA VER UMA COLETÂNEA DOS VÍDEOS SOBRE O SIMCA SHOW EM BARRETOS E NO FILME AS CARIOCAS :👇

https://fb.watch/f68FFK-ntG/



 - Simca Show - 
 Fotografias - arquivo Old Races , fotografia anuncio Simca do Brasil, VÍDEO DE REVISTA COLECIONISMO BR

 oldraces.blogspot.com m.castrolima.arq@gmail.com



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terça-feira, 10 de outubro de 2017

CIRCUITO DO MINEIRÃO PAMPULHA BELO HORIZONTE MG 1969

- HISTÓRIA DO AUTOMOBILISMO BRASILEIRO - 



 O filme abaixo, é mais um documento histórico do automobilismo brasileiro dos anos 60/70, que foi a verdadeira "época áurea" das competições automobilísticas em nosso país!
A corrida é no ano de 1969 e como podemos ver, ainda tem uma quase total predominância de carros nacionais nas categorias "Turismo Melhorado" e Força Livre, Fusca, DKW, Simca, Opala, Karmann Ghia, Renault 1093 e Corcel Bino.
Apesar de não estarem nesta corrida, também nesta época ainda eram muito competitivos os BMW 2000 e Alfas GTA.
No ano de 69 começou a fase de importação de carros de corridas já consagrados nas pistas internacionais, como Alfa P 33, Ford GT 40, Lola T70, etc..., o que veio a promover uma verdadeira reformulação no nosso automobilismo, já a partir de 1971/72, com uma total mudança das categorias em 72 e o inicio do predomínio das categorias mono marca. 
Note-se que também em 1972 as corridas em circuitos de rua foram banidas, marcando o fim de uma era de muito romantismo, improviso e coragem, onde cada piloto muitas vezes tinha um pouco de construtor e mecânico!
O fim de circuitos como o do Mineirão em Belo Horizonte, o de Brasília, o da Centenário em Salvador, o da Cidade Universitária no Recife, entre muitos outros, veio a ter um efeito maléfico sobre o futuro do nosso automobilismo como um todo, concentrando as provas em alguns poucos Autódromos que existiam e fazendo com que o esporte acabasse na maior parte do país.    
Hoje aí estão os resultados para confirmar a nossa teoria!

 

  Após ver o filme de 1969, veja também uma das últimas corridas no Mineirão em 1972, clicando no Link  e compare a evolução dos carros, já com uma forte presença dos protótipos nacionais e muitos importados. Note-se a presença ainda dos valentes Fuscas, Opalas e Pumas. 

 Mineirão 1972
https://www.youtube.com/watch?v=C2R-F7MxbNI 


quarta-feira, 4 de outubro de 2017

FOTO DO MÊS - outubro 2017

Jo Bonnier, Lola T70 - Le Mans 1969

Fotografia de Historic Racing HD

oldraces.blogspot.com

sábado, 23 de setembro de 2017

Mercedes Benz 220 S 1959



 Um dia desses, passeando por uma avenida da periferia de Salvador, encontramos um Mercedes Benz 220 S preto, provavelmente  do ano de 1959, cujas fotos seguem abaixo.








 Old Races

domingo, 17 de setembro de 2017

Fusca de corridas dos anos 60/70

Volkswagen 1900cc da Equipe Irmãos Curvello VW.

 Em 1968 com a chegada dos motores Volkswagen 1600 e 1700 que tinham o cabeçote com dupla entrada, a mecânica VW passou a ser amplamente utilizada nas pistas de competições brasileiras, pois permitiam a utilização dos modernos carburadores de duplo corpo importados, tipo Dellorto, Solex e Weber, que adicionados a varias outras peças preparadas para alta performance, vieram contribuir para que os motores tivessem cilindradas de até 2200 cc e potência bastante elevada.
Com isso, os fuscas preparados para corridas, com o peso bem aliviado, passaram a ser bastante competitivos.   
Nos esquemas gráficos abaixo, pode-se ter uma ideia de como eram as alterações feitas em um Fusca, para corridas daquela época.
O carro mostrado na matéria era originalmente um Volkswagen Sedan 1300 1967, pertenceu à família Pitta Lima e foi o primeiro 1300 de Salvador, tendo sido adquirido na revenda VW Autobasa.


Principais alterações na carroceria e chassi:



Capo dianteiro, tampa do motor e para lamas, em fibra de vidro, recortados e com novo desenho.

Portas em fibra de vidro, sem mecanismo para levantar os vidros nem painéis.

Interior despojado sem forração alguma.

Retirada de todos os frisos, para choques, estribos, pisca, tampa de porta luvas, etc.

Retirada de toda a fiação excedente.
Colocação de barra protetora ante capotamento (Santo Antônio), fixadas ao chassi.
Retirada de todos os botões e relógios do painel exceto o das luzes e limpador de para brisa.
Colocação de novos instrumentos e botões de acordo com o seguinte:
     -Velocímetro até 200 km/h
     -Conta giros até 8.000 rpm
     -Medidor de pressão do óleo.
     -Medidor de temperatura do óleo
     -Amperímetro.
     -Botão para ignição.
     -Interruptor para cortar corrente geral.
     -Interruptor para cortar corrente da ignição, (para        resfriamento do óleo durante as corridas).
     -Interruptor para bateria auxiliar.
Abertura de entradas de ar laterais, com utilização de mangueiras para levar o fluxo de ar diretamente às aletas de refrigeração das camisas dos cilindros.
Substituição de todos os vidros por acrílico, exceto o para brisa.
Volante da marca F1 com menor diâmetro.
Banco de competição tipo concha com cinto de segurança abdominal.



 Principais especificações técnicas:

MOTOR e CAMBIO:

Motor Volkswagen boxer 4 cilindros a ar, bloco forjado e trabalhado internamente.
Cilindrada 1950 cc –(Kit cilindros/anéis/pistões de 92 mm).
Eixo virabrequim roletado 78,4 mm.
Comando de válvulas P3 (Puma), com polia regulável (quando a refrigeração era por meio de ventoinha).
Cabeçotes com dupla entrada trabalhados internamente e polidos, com válvulas, sedes e molas de 40 mm.
Carburação Weber 48 IDH trabalhada e polida internamente
Coletores de admissão polidos internamente.
Volante do motor aliviado e balanceado
Bomba de óleo dupla M8, carter seco, com radiador e reservatório para 17 litros.
Taxa de compressão – 11,5:1
Potencia estimada – 150 HP
Combustível – gasolina azul de alta octanagem, misturada com gasolina de aviação (verde).
Cambio nº. 2 (Puma), com diferencial longo, 8:31).
Escapamento direto, 4x1 em tubos de 2 polegadas , dimensionado, com ponteira final em tubo de 3 polegadas.

FREIOS, SUSPENSÃO e RODAS:

Freios a disco na dianteira e tambor com lonas reforçadas na traseira.
Suspensão dianteira trabalhada e rebaixada (Kit Puma regulável), com estabilizador especial.
Suspensão traseira rebaixada com cambagem negativa e estabilizador especial.
Rodas traseiras – 14 x 10 polegadas
Rodas dianteiras – 13 x 7 polegadas
Pneus-- dianteiros Pirelli Cinturato 195 x 13 R 70 nacionais
 Traseiros -- Pirelli  245 x 14 R 60  importados

OUTRAS INFORMAÇÕES:
Após alterações de carroceria e chassi, peso de aproximadamente 610 Kg.
Velocidade final em torno de 210 km/h, (com diferencial longo).
Refrigeração direta sobre os cilindros, com captação de ar nas laterais do carro.
Sistema elétrico 12 volts, sem gerador, e bateria de 65 amp (para provas de longa duração era usada uma bateria reserva com chave seletora e circuito independente para ser acionada com o carro em movimento).
Tanque de combustível com capacidade para 60 litros e bocal de abastecimento rápido com 4 polegadas de diâmetro.


Abaixo os cortes esquemáticos do carro, onde são visualizadas as principais modificações e principalmente o fluxo de ar para a refrigeração direta do motor, com a eliminação da ventoinha e gerador (fig.1).


O Fusca 4 em atividade na pista da Avenida do Centenário em Salvador Bahia, no ano de 1970.




MATÉRIA ATUALIZADA E CORRIGIDA EM 22/06/2021.

Material utilizado: Fotografias e desenhos esquemáticos do acervo de Mauricio Castro Lima, Texto Old Races,