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terça-feira, 16 de março de 2021

Fusca de corrida

 

Fusca da Equipe Irmãos Curvello em Salvador Bahia, no ano de1969.


oldraces.blogspot.com

Fotografia de Mauricio Castro Lima


domingo, 17 de setembro de 2017

Fusca de corridas dos anos 60/70

Volkswagen 1900cc da Equipe Irmãos Curvello VW.

 Em 1968 com a chegada dos motores Volkswagen 1600 e 1700 que tinham o cabeçote com dupla entrada, a mecânica VW passou a ser amplamente utilizada nas pistas de competições brasileiras, pois permitiam a utilização dos modernos carburadores de duplo corpo importados, tipo Dellorto, Solex e Weber, que adicionados a varias outras peças preparadas para alta performance, vieram contribuir para que os motores tivessem cilindradas de até 2200 cc e potência bastante elevada.
Com isso, os fuscas preparados para corridas, com o peso bem aliviado, passaram a ser bastante competitivos.   
Nos esquemas gráficos abaixo, pode-se ter uma ideia de como eram as alterações feitas em um Fusca, para corridas daquela época.
O carro mostrado na matéria era originalmente um Volkswagen Sedan 1300 1967, pertenceu à família Pitta Lima e foi o primeiro 1300 de Salvador, tendo sido adquirido na revenda VW Autobasa.


Principais alterações na carroceria e chassi:



Capo dianteiro, tampa do motor e para lamas, em fibra de vidro, recortados e com novo desenho.

Portas em fibra de vidro, sem mecanismo para levantar os vidros nem painéis.

Interior despojado sem forração alguma.

Retirada de todos os frisos, para choques, estribos, pisca, tampa de porta luvas, etc.

Retirada de toda a fiação excedente.
Colocação de barra protetora ante capotamento (Santo Antônio), fixadas ao chassi.
Retirada de todos os botões e relógios do painel exceto o das luzes e limpador de para brisa.
Colocação de novos instrumentos e botões de acordo com o seguinte:
     -Velocímetro até 200 km/h
     -Conta giros até 8.000 rpm
     -Medidor de pressão do óleo.
     -Medidor de temperatura do óleo
     -Amperímetro.
     -Botão para ignição.
     -Interruptor para cortar corrente geral.
     -Interruptor para cortar corrente da ignição, (para        resfriamento do óleo durante as corridas).
     -Interruptor para bateria auxiliar.
Abertura de entradas de ar laterais, com utilização de mangueiras para levar o fluxo de ar diretamente às aletas de refrigeração das camisas dos cilindros.
Substituição de todos os vidros por acrílico, exceto o para brisa.
Volante da marca F1 com menor diâmetro.
Banco de competição tipo concha com cinto de segurança abdominal.



 Principais especificações técnicas:

MOTOR e CAMBIO:

Motor Volkswagen boxer 4 cilindros a ar, bloco forjado e trabalhado internamente.
Cilindrada 1950 cc –(Kit cilindros/anéis/pistões de 92 mm).
Eixo virabrequim roletado 78,4 mm.
Comando de válvulas P3 (Puma), com polia regulável (quando a refrigeração era por meio de ventoinha).
Cabeçotes com dupla entrada trabalhados internamente e polidos, com válvulas, sedes e molas de 40 mm.
Carburação Weber 48 IDH trabalhada e polida internamente
Coletores de admissão polidos internamente.
Volante do motor aliviado e balanceado
Bomba de óleo dupla M8, carter seco, com radiador e reservatório para 17 litros.
Taxa de compressão – 11,5:1
Potencia estimada – 150 HP
Combustível – gasolina azul de alta octanagem, misturada com gasolina de aviação (verde).
Cambio nº. 2 (Puma), com diferencial longo, 8:31).
Escapamento direto, 4x1 em tubos de 2 polegadas , dimensionado, com ponteira final em tubo de 3 polegadas.

FREIOS, SUSPENSÃO e RODAS:

Freios a disco na dianteira e tambor com lonas reforçadas na traseira.
Suspensão dianteira trabalhada e rebaixada (Kit Puma regulável), com estabilizador especial.
Suspensão traseira rebaixada com cambagem negativa e estabilizador especial.
Rodas traseiras – 14 x 10 polegadas
Rodas dianteiras – 13 x 7 polegadas
Pneus-- dianteiros Pirelli Cinturato 195 x 13 R 70 nacionais
 Traseiros -- Pirelli  245 x 14 R 60  importados

OUTRAS INFORMAÇÕES:
Após alterações de carroceria e chassi, peso de aproximadamente 610 Kg.
Velocidade final em torno de 210 km/h, (com diferencial longo).
Refrigeração direta sobre os cilindros, com captação de ar nas laterais do carro.
Sistema elétrico 12 volts, sem gerador, e bateria de 65 amp (para provas de longa duração era usada uma bateria reserva com chave seletora e circuito independente para ser acionada com o carro em movimento).
Tanque de combustível com capacidade para 60 litros e bocal de abastecimento rápido com 4 polegadas de diâmetro.


Abaixo os cortes esquemáticos do carro, onde são visualizadas as principais modificações e principalmente o fluxo de ar para a refrigeração direta do motor, com a eliminação da ventoinha e gerador (fig.1).


O Fusca 4 em atividade na pista da Avenida do Centenário em Salvador Bahia, no ano de 1970.




MATÉRIA ATUALIZADA E CORRIGIDA EM 22/06/2021.

Material utilizado: Fotografias e desenhos esquemáticos do acervo de Mauricio Castro Lima, Texto Old Races,



sábado, 2 de setembro de 2017

Dão

Dão e o Alpine A108 que ele cuidava tão bem, em uma exposição de veículos antigos no Shopping Barra em Salvador.

Na quarta feira passada, 30 de agosto, faleceu em Feira de Santana, o amigo Antônio Sacerdote, que era mais conhecido nos meios automobilísticos pelo apelido de Dão
Ele que era um verdadeiro mestre na afinação de motores envenenados, foi um dos melhores mecânicos que atuaram nas corridas de automóveis da Avenida Centenário dos anos 60 e 70.
Dão participou da Equipe Curvello e teve em seu curriculum, entre muitas outras realizações, a preparação do motor do Volkswagen 1900cc nº4, que correu no mesmo dia as duas baterias da Prova Duque de Caxias, realizada em agosto de 1970, ganhando a primeira e ficando na quinta colocação na segunda bateria. 
Protótipo Volkswagen 1900cc , Divisão 4, da Equipe Curvello.

  Os nossos carros fazendo manutenção na oficina de Dão.


Dão regulando a carburação da Berlineta.


A bagunça "organizada" da oficina de Dão, era um labirinto onde se podia encontrar todo tipo de peças e sucatas, além de uma enorme variedade de ferramentas, que eram difíceis de se encontrar até nas mais renomadas oficinas do país e onde ele circulava com a maior desenvoltura, guardando na memória a posição exata de cada uma das coisas que por lá estavam! 
Deixamos aqui a nossa homenagem a este amigo e grande profissional, que teve tanta participação na historia do automobilismo da Bahia.

Obrigado por tudo DÃO!!

Mauricio Castro Lima
Old Races

quarta-feira, 12 de abril de 2017

História do automobilismo baiano - Os patrocinadores


Algumas empresas regionais, nacionais e até multinacionais, tiveram um papel fundamental na história do nosso automobilismo dos anos 60/70, quer seja patrocinando as corridas e/ou as diversas equipes que aqui atuavam, ou mesmo contribuindo com a organização e apoio logístico, além é claro das empresas de comunicação (falada, escrita e televisionada), que davam uma ampla cobertura aos eventos relacionados ao esporte a motor em Salvador.

Neste contexto vale destacar a participação maciça dos revendedores Volkswagen no automobilismo, quer seja patrocinando e dando apoio técnico e logístico a algumas equipes, ou como em alguns casos participando com sua própria equipe, onde a revenda ou os donos entravam como sócios da equipe.

Listaremos aqui os nomes de algumas das empresas e ao lado o tipo de participação que teve. Observem que a ordem é aleatória sem obedecer nenhum critério de importância e apesar de todo o esforço de pesquisa, eventuais falhas e/ou omissões poderão ocorrer:
  

- AUTOBASA - revenda Volkswagen, patrocinava a Equipe Dick e pilotos independentes

- COBAPE - revenda  Volkswagen, era sócia da Equipe Cobape (Racio Sociedade Desportiva Limitada)

 - Caria Ribeiro - revenda Volkswagen e Puma, seus proprietários eram sócios da Scuderie AF, depois Escuderia AF
- Catumotor - revenda Volkswagen, Tinha equipe própria, Equipe Catumotor.

- Irmãos Curvello - revenda Volkswagen, patrocinava a Equipe Curvello

- RM - Retificadora Moderna - retificadora de máquinas, tinha equipe própria, a Equipe RM

 - Motophine - oficina  mecânica, tinha equipe própria e preparava os carros do Team Jerry 

- Norcar - revenda Volkswagen, patrocinava a Equipe Norcar

- Cruz Motor - oficina mecânica, preparava carros do Team Jerry

- Mecânica Walman - oficina mecânica, preparava os carros de Mauricio C. Lima 

 - Mecânica Revell - oficina mecânica, preparava os carros de Fred Leal.

- Auto Mecânica Tigre - oficina mecânica, preparava os carros de Carlos Eduardo Ferraz Silva (Babinho). 

- Bauer Motor - oficina mecânica, era sócia e preparava os carros da Equipe Cravo Bauer.

-CIF Construtora Irmãos Ferreira - construção e terraplenagem, tinha equipe própria, Equipe CIF.

- Burity-  Materiais de Construção, patrocinava a Escuderia AF.

- Kontik - agência de viagens, patrocinava a Escuderia AF.

- Casas Bonfim- loja de pneus, patrocinava o piloto Fred Leal e Antônio Carlos Pitta Lima (Toncar).

- Casarão- boate e discoteca, patrocinava o piloto Ivan Cravo.

- Vilauto - revenda de veículos, patrocinava o piloto José Villar .

- Banco Francês Italiano - banco, patrocinava o piloto Carlos Eduardo F. Silva.  

- Esso Brasileira de Petróleo - distribuidora de combustíveis e lubrificantes,    patrocinava a organização das corridas.

-Sanca S.A. Nacional de Combustíveis e Acessórios- distribuidora de combustíveis e lubrificantes, patrocinava a Equipe Curvello.

- Lajes Volterrana S.A. - lajes pré moldadas, patrocinava a Escuderia AF.

- Pneucred - revenda de pneus, patrocinava a Escuderia AF

- Posto do Cristo - posto de gasolina, patrocinava e apoiava a organização das corridas. Abrigava em suas instalações a sede do Automóvel Clube de Salvador

- MM Metalúrgica e Montagens Ltda - indústria metalúrgica, patrocinava a Equipe Curvello

- Veloz HP - aditivos automotivos, patrocinava a Equipe Curvello

-Kantu- posto de lavagem e lubrificação automotiva, dava apoio e serviços a algumas equipes

- Pirelli - fabricante de pneus, patrocinava a organização das corridas.

 - Posto Fon Fon - revenda de pneus Good Year, dava apoio a vários pilotos. 

- Casaforte - banco de investimentos e poupança, patrocinava a Escuderia AF

- Touring Club do Brasil - dava apoio logístico à organização das corridas

-SUERDICK - fábrica de charutos, patrocinava a Escuderia AF.

  - ATEMDE - clínica médica de urgência, dava apoio à organização das corridas.

- Placer - fábrica de pré moldados, patrocinava o piloto Antônio Carlos P. Lima.

- BARDAHL- lubrificantes automotivos, patrocinava o piloto Antônio Carlos P. Lima.

 

-A TARDE - jornal, fazia cobertura jornalística

-Diário de Notícias - jornal, fazia cobertura jornalística

-Tribuna da Bahia - jornal, fazia cobertura jornalística

-Jornal da Bahia - jornal, fazia cobertura jornalística

-TV Aratú - televisão, patrocinava e promovia algumas corridas

-TV Itapoã - televisão, patrocinava e promovia algumas corridas


olderaces.blogspot.com