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quarta-feira, 8 de agosto de 2018

O Fuscão e o F5





Dois jatos F5 da FAB

O relato abaixo nos foi enviado por um  amigo ex integrante da aviação e conta o incidente que houve em 1980 entre um caça F5 da Força Aérea Brasileira, que teve uma pane seca e foi obrigado a efetuar um pouso de emergência em uma rodovia e um Fuscão que trafegava pela mesma na hora do pouso.
O Fusca teve o teto amassado pelo trem de pouso do avião e graças a Deus ninguém se machucou, tendo o jato decolado posteriormente na mesma rodovia, após o reabastecimento e a devida manutenção.
O F5 em plena rodovia, já preparado para decolar.

"O ano é 1980. Imagine você dirigindo seu Fusca por uma simples estrada de terra.  Alguns metros de pista e logo você chega na estrada principal, asfaltada, que o levará até a cidade. De repente um estrondo, um clarão, e um tranco enorme que te desnorteia a ponto de você não crer que na sua frente está um caça freando na pista que antes só tinha você e seu fuscão.
Consegue imaginar o susto? Pois foi isso que aconteceu na estrada que liga as cidades de Varginha e Paraguaçu, em Minas Gerais.Dois jatos F-5 voavam em missão de treinamento quando um deles precisou realizar o pouso em uma estrada próxima, por falta de combustível. As razões dessa falta de combustível são meio obscuras na história, mas fato é que não havia outra solução para o piloto do caça. Escolhida a pista, o piloto começa os procedimentos de pouso enquanto o outro avião envia as informações para a base, com o objetivo de já facilitar o trabalho que a equipe de solo, que futuramente teria que retirar o jato dali. Alinhado na estrada, o piloto começa a descida quando subitamente, do meio do nada, surge um Fusca! Naquela altura era impossível realizar qualquer manobra para evitar o iminente impacto entre o avião e o carro.Em questão de segundos o veículo foi atingido no teto pelo trem de pouso do avião, sentindo na sequência a força do vento deslocado pela turbina (o "jet blast"), aterrorizando o motorista. O avião não sofreu avarias e conseguiu completar o pouso.

A FAB apareceu com sua equipe de solo no outro dia para abastecer o avião, fazer as manutenções necessárias e colocar o F-5 para decolar dali mesmo, retornando para a base. Mas e o Fusca? Aí vem outro fato curioso da história. Diz a lenda que uma equipe da Força Aérea entrou em contato com o dono, buscando ressarcir os danos e, para espanto dos oficiais, a resposta do dono foi um sonoro "NÃO". Segundo ele, se o veículo fosse reparado, quem acreditaria na sua história?"

 O Fusca com o teto amassado e seu proprietário.

 O avião e os curiosos.

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