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quarta-feira, 27 de janeiro de 2016

HISTÓRIA DO AUTOMOBILISMO BRASILEIRO - 1968/1969


Apelo esportivo na propaganda do Ford Corcel GT

Os anos de 1968/1969 incontestavelmente foram um marco na indústria automobilística e consequentemente no automobilismo esportivo brasileiro.

Na indústria, o lançamento de novos veículos como o Ford Galaxie, o Opala da GM, o Puma VW, o Corcel da Ford/Willys, o Dodge Dart da Chrysler, a nova linha Volkswagen com motor de 1600cc, vieram ampliar a oferta de um mercado composto em sua quase totalidade de veículos já bastante defasados em relação à indústria automobilística mundial!

 

O automobilismo esportivo brasileiro a partir dai  passou  por uma grande e crescente transformação que teve como início o ano de 1968 quando os primeiros novos veículos produzidos por aqui passaram a ser utilizados nas competições, a exemplo do Puma Volkswagen, do Corcel e do Opala.

Tiveram um papel muito importante no desenvolvimento esportivo e de competição destas novas mecânicas, a Bino, a Envemo, a MM e a própria Puma, colocando à disposição de equipes e pilotos, uma gama de equipamentos e configurações para altas performances nas pistas, tais como comandos de válvulas, kits para maior cilindrada, cabeçotes trabalhados, carburações duplas, caixas de marchas, radiadores de óleo, material p suspensão e freios, etc...  

 

 BINO


ENVEMO





PUMA

 

 

 MM

  Desde o ano de1968, os novos veículos nacionais começaram a ser introduzidos gradativamente nas corridas, à medida que tinham a sua mecânica desenvolvida para as competições. Surgiram os primeiros Opalas de competição, dos irmãos Da Mata de Minas Gerais e dos irmãos Da Fonte de Pernambuco e o Corcel BINO da Cisa em Minas Gerais.

 

Corcel Bino da Cisa, pilotado por Emerson Fittipaldi nos 500Km de Belo horizonte.

 

O Opala dos irmãos Da Mata foi o primeiro a participar de uma competição.

 

Com a adoção em alguns carros da linha Volkswagen, do motor 1600cc com cabeçote de dupla entrada, a Puma, a MM e a Envemo passaram a desenvolver a mecânica VW para as competições, chegando o mesmo a cilindradas de 1.7, 1.8, 1.9, indo até 2,2 litros, com a potencia muito elevada, o que tornava estes motores bastante competitivos. Como consequência os fuscas bastante aliviados de peso e muito bem preparados passaram a proliferar nas competições em todo o Brasil.

 

O Puma da Escuderia AF foi o primeiro Puma VW a competir.

 

Os primeiros Pumas também apareceram nas pistas em 1968 em versões espartanas para competições, sendo o primeiro, preparado pela fábrica Puma para a equipe AF da Bahia que estreou nos 500 Km da Bahia em agosto de 1968. Surgiram também alguns Protótipos de competição com mecânica nacional, além de alguns exemplares bem preparados do Lorena GT. 

 

  O Protótipo Willys apresentado no Salão do Automóvel, foi alterado mecanicamente e rebatizado de Bino Mark II.

 

O nosso automobilismo que até final dos anos 60 ainda utilizava em larga escala os nacionais, Simca, Willys Interlagos , FNM 2000, DKW, Malzoni DKW, Gordini, protótipos diversos, íbridos como o Volks e os KG Porsche da DACON, o Bino Mark II, além  dos importados como as Alfas GTA e Zagatto, BMW 2000 e algumas carreteras, passou a conviver com os novos nacionais e a partir de 1969 com a veloz Alfa Romeo P33 da equipe paulista Jolly Gancia e posteriormente, também com o Ford GT 40 da Equipe Colégio Arte e Instrução e com a Lola T 70 dos irmãos De Paoli.

A primeira consequência disso foi a proliferação da construção de Protótipos de competição, com o surgimento de diversos pequenos fabricantes em varias partes do país. Estes protótipos em sua grande maioria utilizavam a mecânica Volkswagen a ar, que tinha um excelente potencial de desenvolvimento, mas também se faziam protótipos com outras mecânicas como Alfa Romeo, Renault R12 (do Corcel), Chevrolet e Ford.

Em 1969 a maioria das provas realizadas em território nacional eram em pistas de rua, algumas extremamente perigosas, como é o caso de Petrópolis e Lages, que tinham até piso em paralelepípedos em seu traçado e outras mais seguras (ou melhor, menos perigosas), como é o caso da Centenário em Salvador, do circuito da Barra da Tijuca no Rio de Janeiro, da pista de Brasília e da pista da Cidade Universitária no Recife. Os autódromos eram poucos, o do Ceará tinha acabado de ser inaugurado e Interlagos estava fechado para reformas desde o ano anterior.

 Com o Autódromo de Interlagos renovado e o Autódromo do Rio já uma realidade, a partir de 1972 as coisas mudaram drasticamente,  as corridas em circuitos de rua foram proibidas ( em nome da segurança) em todo o território nacional, numa decisão equivocada ao nosso ver *, porque restringiu muito a pratica do automobilismo apenas aos estados que tinham um autódromo, vindo a repercutir negativamente para o futuro deste fascinante esporte.  

A partir dai começou uma reformulação nas categorias do automobilismo brasileiro, surgindo a divisão 3 (dos VW " pinicos atômicos") e a divisão 5 dos Maverick e Opalas, entre varias outras.

 

 CONTINUA

  Fotografias de SONNTAG,Puma, Autoesporte. Texto Old Races.

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domingo, 24 de janeiro de 2016

BMW 2000, 1966-1972




 Interessante documentário sobre o BMW 2000, produzido entre 1966 e 1972.

 BMW 2000 Sedan 1966

BMW 2000 Sedan 1970








 CLIQUE NO LINK ABAIXO PARA ASSISTIR A PARTE II :

https://www.youtube.com/watch?v=9TRMaE6X9h4




 CLIQUE NO LINK ABAIXO PARA ASSISTIR A PARTE III

 https://www.youtube.com/watch?v=QA07XXlLW7A

:

 Material utilizado: Reprodução da capa de edição Autobooks Special Workshop Manual, Vídeos compartilhados do YouTube e fotografias retiradas de pesquisas na Internet, sem indicação de direitos autorais.

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sábado, 23 de janeiro de 2016

Encontro da "velha guarda" do automobilismo

- HISTÓRIA DO AUTOMOBILISMO BAHIANO -



Reunião informal dos pilotos da "velha guarda" do automobilismo da Bahia, em recente encontro de automóveis antigos no Parque da Cidade em Salvador.
Da esquerda para a direita, Carlos Eduardo Ferraz Silva (Babinho), Ivan Cravo, o colecionador Roberto Mello, O ex piloto e ex comandante da poderosa Escuderia AF, Adriano Fernandes, Nazaré, esposa de Adriano e Mauricio Castro Lima.

domingo, 17 de janeiro de 2016

The First Indy 500 Race



Conhecida como uma das provas mais tradicionais do automobilismo internacional, é considerada uma das principais corridas do mundo, da qual geralmente o vencedor sai como prêmio principal, com uma grande soma em dinheiro.

Atualmente fazendo parte do calendário da IRL (Indy Racing League), a tradicional corrida que já fez parte do campeonato Mundial de Pilotos, a atual Formula 1, foi disputada pela primeira vez em 1911 na pista que havia sido construída para testes automobilísticos, a Indianapolis Motor Speedway, em Indianapolis, nos EUA.

A prova é completada com  os carros percorrendo 500 milhas, ou 805 quilômetros, na parte oval do circuito, com o grid composto tradicionalmente por 33 carros. A data da corrida é sempre a mesma, fim de maio, próxima ao Memorial Day, um feriado americano em homenagem aos soldados mortos em combates.

A primeira corrida aconteceu no dia 30 de maio de 1911 e o vencedor foi Ray Harroun. Os carros da época eram feitos para duas pessoas e o passageiro era sempre um mecânico, para o caso de algo dar errado durante a prova. Ray no entanto correu sozinho as 500 Milhas, obviamente com uma vantagem de carregar menos peso e para compensar a falta do mecânico que avisava dos carros que vinham pela lateral para fazer ultrapassagem, instalou no seu carro um espelho retrovisor, o que após a vitória foi um dos motivos para que o segundo colocado pedisse a sua desclassificação, o que no entanto não veio a ocorrer.




Em 30 de maio de 1911, Ray Harroun dirigiu o seu monoposto Marmon Wasp para a vitória na prova inaugural de 500 Milhas de Indianápolis, entrando definitivamente para a História das competições automobilísticas.




Em 30 de maio de 1911, 40 carros se enfileiraram na linha da largada para a primeira Indy 500. Um acidente com muitos veículos ocorreu na décima terceira volta, e o caos que se seguiu suspendeu temporariamente a pontuação, trazendo controvérsia para o resultado final, quando o vice-campeão Ralph Mulford reclamou o posto de vencedor. Foi Ray Harroun, no entanto, quem levou para casa o prêmio de U$14.250, marcando uma velocidade média de 120 km/h e um tempo total de 6 horas e 42 minutos. O Wasp foi o primeiro carro com um espelho retrovisor, o qual Harroun havia instalado de modo a compensar o fato de não ter um mecânico sentado ao seu lado para lhe avisar sobre os outros carros que estavam passando.


Imagem: Bain News Service [Domínio público], via Wikimedia Commons





Material utilizado:  Imagem: Bain News Service [Domínio público], via Wikimedia Commons, Fotografias retiradas de pesquisas na Internet sem indicação de direitos autorais, Conteudo pesquisado na Internet e publicações antigas.

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quarta-feira, 13 de janeiro de 2016

II 500 KM da Bahia - ( PARTE 1 )

- HISTÓRIA DO AUTOMOBILISMO BRASILEIRO -


 II 500 Km da Bahia (Prova Luis Viana Filho)- 10 de agosto de 1969.

A prova dos II 500 Km da Bahia foi também batizada como Prova Luis Viana Filho, em homenagem ao governador da Bahia na época. É inquestionável o valor histórico desta corrida para o automobilismo nacional e baiano, uma vez que foi válida pelo campeonato brasileiro de pilotos e dela participaram carros e pilotos  lendários e que marcaram definitivamente a história do nosso automobilismo!

Os treinos do sábado dia 9 de agosto de 1969, também ficaram marcados pelo violento acidente que destruiu o GT Malzoni DKW do piloto goiano Neuder Motta, após ter sido fechado pela Alfa GTA da Equipe Jolly Gancia , pilotada por Ubaldo Loli. Este acidente já foi matéria aqui neste blog, bem como no Blog do Mestre Joca, do qual compartilhamos as fotografias do carro acidentado. O Malzoni em questão, era o famoso 96 que pertenceu ao piloto carioca Norman Casari.



Autorização da Federação Bahiana de Automobilismo para participar da prova.


Treinos e grid de largada:

José Carlos Pace, Marivaldo Fernandes, Emilio Zambello e Pedro Victor Delamare.

O Malzoni de Neuder Motta, antes e depois do acidente. (cortesia Blog do Mestre Joca).

 Protótipo DKW nº 67 de Goiania, pilotado por Marcos Jardim/Lucas Motta


Lorena GT de Brasília, antes dos treinos, lavando no Posto Kantu no Bairro da Graça em Salvador.


Os dois Elgar GT da Equipe Brasal de Brasília.

Aspectos da formação do grid de largada,o Bino Mark II, o Puma Espartano da Equipe AF, e o Puma da equipe mineira Carbel, de Marcelo Campos.

Mauricio Castro Lima e o Willys Interlagos nº 14

Os pilotos da Escuderia AF, John Brusell e José Luis Bastos, que pilotaram o Puma Espartano nº71.

Aspecto geral do grid de largada, vendo-se à esquerda o protótipo Alfa Romeo FNM.

O Bino Mark II

O grid já formado para a largada.

John Brusell eo Puma da Escuderia AF.

O filme abaixo é o único registro com áudio desta corrida, que temos conhecimento:

Filme original em super 8, fornecido por Joaquim Saback, teve apenas um pequeno trecho possível de ser recuperado, o som original da parte do vídeo foi repetido no trecho das fotografias .

Por um erro na edição, a data está errada, 18 de agosto quando o correto é 10 de agosto. Edição feita por Alberto de Castro Lima Neto - BT Filmes




CONTINUA

 Clique no link abaixo para ver II 500 Km da Bahia-(Parte 2):
https://oldraces.blogspot.com.br/2016/09/ii-500-km-da-bahia-parte-2.html


 Fotografias do blog do Mestre Joca, da página LORENA GT, do acervo de John Brusell, do Automovel Clube de Salvador, de Mauricio Castro lima e da Revista Autoesporte
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terça-feira, 12 de janeiro de 2016

VAMPIROS, carruagens & carros.




Por alguns séculos os vampiros vêm povoando o imaginário do ser humano, eles estão presentes em contos, folhetins, revistas em quadrinhos, livros, peças teatrais e filmes que assombram e divertem as pessoas em quase todos os países do mundo.

Ao longo dos anos, desde Nosferatu e DRÁCULA, até os vampiros bonzinhos da saga Crepúsculo, eles passaram das antigas e lúgubres carruagens aos modernos e confortáveis carros dos dias de hoje.


A aterrorizante carruagem que o Conde Drácula usava nas estradas da Transilvania.

 

O clássico DRÁCULA  de Bram Stoker





O Rolls Royce de Nosferatu no início do século XX


Quadrinhos



O muscle car americano, do filme Drácula de 1972

Christopher Lee imortalizado como Drácula.



Os carros do vampiro Edward na saga Crepúsculo


 Volvo S 60


Texto do autor, fotografias compartilhadas de pesquisas na Internet, sem indicação de direitos autorais.

  oldraces.blogspot.com m.castrolima.arq@gmail.com