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quinta-feira, 9 de abril de 2020

Centenário- rodadas e acidentes !


É um fato que os circuitos de rua dos anos 50, 60 e 70, eram em sua grande maioria muito perigosos e que neles aconteceram muitos acidentes, alguns até fatais!
Muitos foram os acidentes envolvendo o público, que assistia mal posicionado, ou invadia a pista no afã de ter melhor visibilidade, burlando a fiscalização muitas vezes precária ou mesmo inexistente.
O circuito da Avenida do Centenário em Salvador, apesar de ter sido um dos mais seguros em relação ao posicionamento do público, também teve seus momentos dramáticos, com invasão de pista e alguns acidentes fortes, que poderiam ter tido graves consequências para os pilotos envolvidos, mas como dizia o jornalista Paulo Brandão, "Deus é baiano" e felizmente nada de mais grave aconteceu por aqui, a não ser alguns carros destruídos e algumas escoriações, felizmente sem sequela alguma para os acidentados... 


 Acidente com o Renault Gordini do piloto Nagib Fadul, que após capotar pegou fogo.


Acidente com o GT Malzoni do piloto goiano Neuder Motta.





Acidente com o Puma Espartano da Escuderia AF, pilotado por Lulu Geladeira.
Capotagem de Silvio Rivault.

Sequencia de fotografias do acidente do piloto Antonio Carlos Pitta Lima e o socorro dado pelos bombeiros, notem que o piloto sai do carro andando, mas passa mal, sendo colocado na maca e conduzido ao hospital no caminhão do Corpo de Bombeiros.


Acidente com um Formula V em 1968.

Alguns outros acidentes, bem como algumas capotagens deixamos de colocar aqui por falta de fotografias e/ou informações, mas vale citar o acidente com o protótipo da Equipe RM, no qual o piloto Roberto Bahia saiu bastante machucado.

Abaixo estão algumas fotografias de derrapagens e rodadas, além de uma quase capotada:


 Fred Leal 


 Ivan Cravo


Mauricio Castro Lima

 John Brusell


 Fred Leal

 Formula V


 Carlos Eduardo Ferraz Silva

A irresponsabilidade:

Invasões de pista, com público atravessando a pista durante a corrida eram raras, mas temos aqui dois flagrantes em uma mesma corrida:



oldraces.blogspot.com 

Fotografias compartilhadas na Internet, sem indicação de direitos autorais, fotografias de Adriano Fernandes, Ivan Cravo, Carlos Eduardo Ferraz Silva, Carlos Alberto Medrado, Fred Leal, Marcos Benevides, Euvaldo Pinho e John Brusell.

segunda-feira, 6 de abril de 2020

Andre Burity


Os dois Pumas estacionados na Avenida Centenário, antes do inicio de uma corrida.


                                                             Andre Burity

Depoimento dado por Andre Burity, ao saudoso Felipe Nicolielo, no ano de 2012 e que foi publicado no Blog Puma Classic, sobre os dois Pumas da Escuderia AF:



" Esses Puma, tivemos dois,  que correram pela Escuderia AF da Bahia por alguns anos, fim dos anos 60 começo dos 70. Ganhamos várias corridas, eu e meu companheiro Luis Pereira dos Santos, o Lulu Geladeira.
Competimos em Brasília, Salvador, Recife e Fortaleza, onde tinha e tem ainda um autódromo. Nos outros eram circuitos de rua.
Chamo sua atenção para os detalhes :
O radiador de óleo montado na frente para melhor refrigeração, tinha uma bomba dupla e um cárter seco de 8 litros. Tomada de ar logo atrás da linha da capota, o outro Puma era um pouco diferente desse, com duas tomadas de ar, duas bocas no mesmo lugar deste, que tinha a tomada horizontal. Pneus Pirelli slick, não dá para ver e a tampa da entrada de gasolina. Usávamos dois carburadores duplos Weber 40 e os motores foram os VW 1.8, 2.0 e 2.2 com eixo roletado, esse último, quebrava muito. Tivemos também um motor Porsche no Puma (abaixo).





Nessa época, o grande Jorge Lettry era diretor técnico da Puma e nos dava apoio, preparava os motores e a carroceria Espartano, que era bem mais leve que as de série.
Esse sou eu na foto há cerca de 43/44 anos atrás, hoje estou com 72 anos. Essa corrida eu ganhei e o recorde da pista deste dia, perdurou por dois ou três anos.
Grande abraço,  André Burity"






Puma Espartano com mecânica Porsche, nos 500 Km da Bahia em 1969, pilotado por Andre Burity e Lulu Geladeira.

oldracesblogspot.com

Fotografias e texto de Andre Burity, Puma Classic e Revista O CRUZEIRO.

sexta-feira, 3 de abril de 2020

No "retão" da Centenário

- HISTÓRIA DO AUTOMOBILISMO BRASILEIRO -

Elias Uannus - Volkswagen 1600cc TM da Escuderia Dick e Mauricio Castro Lima - Volkswagen 1600cc TM da Equipe Racio.

Algumas belas imagens do famoso "retão' do circuito de rua da Avenida do Centenário em Salvador Bahia.
Este trecho da pista era na verdade um pouco curvo, mas os carros atingiam aí velocidades muito altas, chegando os de maior potencia a superar os 200 Km/h.


 John Brusell - Volkswagen 1600 cc TM da Escuderia AF.

John Brusell Puma Volkswagen 1800 cc e Lulu Geladeira Puma Volkswagen 2200 cc, ambos da Escuderia AF.

Piero Gancia - Alfa Romeo GTA da Jolly Gancia.

 Pista da Avenida do Centenário -  a parte de maior velocidade está assinalada em vermelho.

Ramon Cortizo - Protótipo SAEL  e Ivan Cravo - Protótipo ELVA II da Equipe Cravo Bauer.

Roberto Bahia - Protótipo ELVA III da Equipe RM e José Luis Bastos Puma 1800 cc da Escuderia AF.

José Carlos Pace - Alfa Romeo P 33 da Jolly Gancia e Enio Garcia Elgar GT da Brasal.

 Ivan Cravo - ELVA II da Equipe Cravo Bauer, Ramon Cortizo - Protótipo SAEL e Roberto Bahia - Protótipo ELVA III da Equipe RM.

 Mauricio Castro Lima - Berlineta Willys Interlagos.

Andre Burity -  PUMA Volkswagen 1800cc Escuderia AF.

 Mauricio Castro Lima - Volkswagen 1900cc Força Livre, Equipe Curvello.

Ivan Cravo - Protótipo ELVA II da Equipe Cravo Bauer.

Fred Leal - Protótipo ELVA I da Equipe Cobape

Eduardo Domingues - Protótipo Heve P4C.

Fotografias compartilhadas na Internet, sem indicação de direitos autorais, fotografias de Adriano Fernandes, Ivan Cravo,Mauricio C. Lima, Fred Leal e John Brusell.

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quarta-feira, 1 de abril de 2020

FOTO DO MÊS - ABRIL 2020



GP de Mônaco de 1964.


Oldracesblogspot.com


Fotografia compartilhada na Internet, sem indicação de direitos autorais.

terça-feira, 31 de março de 2020

Marcos Souza



O kart baiano perdeu ontem um dos seus pilotos veteranos, eu perdi um bom amigo...

Marquinho, fique em paz!!!

Mauricio C. Lima

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Homenagem da ABK, Associação Baiana de Karts



Fotomontagem da ABK Associação Baiana de Karts

domingo, 29 de março de 2020

Salvador 471 anos


A cidade de Salvador está completando hoje 471 anos da sua fundação, com os seus problemas, mas também com a sua eterna beleza, um lugar abençoado por Deus mas que precisa ser mais bem cuidada pelo seu povo!
Salvador tem o privilégio de ter o carro mais antigo do Brasil o qual desde 1901 nunca deixou de pertencer à mesma família, a família Lanat e é ele que ilustra a nossa fotomontagem comemorativa de hoje, a Voiture Légère Clément Panhard & Levassor TYPE VCP nº 475.




O Clement Panhard & Levasor atualmente encontra-se cedido em comodato ao Museu da Santa Casa da Misericórdia, no Centro Histórico de Salvador.

Abaixo está a publicação no Facebook, da bisneta do patriarca Henrique Lanat, Rosa Maia:
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Rosa Maia compartilhou uma lembrança.
10 h
Agora são 471 anos, e é impossível, pelo menos para mim, comemorar o aniversário de Salvador, sem essa imagem da minha mãe Regina Lanat e seu primo Paulo Lanat desfilando no carro mais antigo da Bahia que foi do meu Bisavô, Henrique Lanat.
 Cresci ouvindo estas belíssimas histórias de como era tudo isso!
 Parabéns minha terra, você é linda! Te amo!
Não mudo uma palavra do que disse abaixo. Governantes, acordem!
Há 1 ano
Veja suas 



Salvador, minha terra amada em que sou privilegiada de aqui ter nascido. Esta foto representa o que há de melhor em mim, minha amada mãe Regina desfilando no aniversário de Salvador em 28 de março de 1949, exatamente a 70 anos atrás. Meus Parabéns Salvador, que nossos governantes tenham a consciência de que a educação e saúde é a base para se construir um povo que merece respeito e cuidado. Salvador, meu amor, Bahia.
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sexta-feira, 20 de março de 2020

Protótipo ELVA Il da Equipe Cravo Bauer


Protótipo Elva I nº 111 da Cravo-Bauer.

Nos anos 60/70, os anos dourados do automobilismo brasileiro, a Bahia tinha bons pilotos e boas equipes, tendo uma posição de destaque no esporte, principalmente na região Nordeste.
Entre as equipes baianas uma das que mais se destacou foi a Equipe Cravo-Bauer, que pertencia ao artista plástico Mario Cravo e a Otto Bauer, dono da Bauer Motor.
Entre os carros que foram usados pela Cravo Bauer, o mais vitorioso foi o segundo protótipo ELVA II (o primeiro foi da Equipe Cobape), que chegou a ganhar uma das etapas do Torneio Norte-Nordeste, pilotado por Ivan Cravo

Nas fotos acima alguns detalhes do Elva II da Cravo Bauer, da frente, do interior e do fundo, onde da para se ver os enormes carburadores duplos Weber 48.






A sequencia de fotografias acima, mostra uma espetacular disputa pela primeira posição nas 2 Horas de Salvador, na pista da Avenida do Centenário, entre alguns dos melhores carros que disputavam as corridas do Norte-Nordeste no final dos anos 60 e início dos anos 70.

Na primeira foto aparece em primeiro o protótipo Topogigio da SAEL de Pernambuco, seguido do ELVA III da Equipe RM, do protótipo ELVA II da Cravo Bauer e do Puma Espartano da Escuderia AF.
Na segunda foto, o Elva II da Cravo Bauer, já vem em segundo lugar atrás do carro da SAEL, tendo ultrapassado o ELVA da RM.
Na terceira foto, o ELVA II, pilotado por Ivan Cravo e usando o numeral 33, já aparece na ponta, onde permaneceu até o final da prova.

Notícias sobre a corrida:


Otto Bauer e Ivan Cravo junto ao ELVA, no Autódromo Virgilio Távora no Ceará.

Ivan pilotando o protótipo no retão da Centenário. 


Elcio Paiva, à direita, foi o construtor dos carros ELVA.
Na fotografia ele trabalha com sua equipe em mais um protótipo.

Fotografias de Ivan Cravo e Mauricio Castro Lima.

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terça-feira, 17 de março de 2020

Tempos sombrios !


Nestes tempos difíceis e incertos, que o mundo inteiro vem enfrentando, queremos deixar aqui para os nossos amigos, parceiros e leitores, o nosso desejo de que esse pesadelo termine o mais rápido possível e que todos vocês tenham muita paz, determinação e a serenidade necessária para superar com saúde esta catástrofe que se abateu sobre a humanidade!

Um grande abraço a todos.


Old Races


sábado, 14 de março de 2020

Terminou a corrida, faz tudo novamente!



Corrida de carros nos anos 60 era assim, terminou, desmontava o motor e fazia tudo de novo!
A despesa era sempre muito alta, muitas vezes peças que ainda dariam para rodar em uso comum eram descartadas e trocadas por novas, pois ficavam comprometidas para uso nas pistas, devido aos excessos a que eram submetidas nas condições de corrida. 
Fazendo uma comparação com os dias atuais, daria para afirmar que da mesma forma que hoje, naquela época a grande maioria dos pilotos e equipes dependia e muito dos patrocinadores, para poder arcar com os altos custos do esporte a motor!


 A lambança pós corrida: ferramentas e sucata do motor apos o desmonte na oficina.





sexta-feira, 6 de março de 2020

Meus 70 anos...



Fazer 70 anos é um privilégio que nem todos alcançam, principalmente aqueles que dedicam-se aos esportes mais perigosos, expondo-se mais frequentemente aos riscos que os mesmos representam.

As gerações de 40 e 50,  são únicas e privilegiadas, viram a maior evolução da humanidade, tanto em tecnologia como nos costumes e comportamentos sociais, que avançaram muito nas décadas pós segunda guerra mundial. 
Nós vimos muitas coisas boas e ruins, vimos o homem ir à Lua, vimos os Beatles, os Rolling Stones, o festival de Woodstock, os protestos pela liberdade sexual, a invenção do bikyni, a proliferação das discotecas pelo mundo afora, a queda do muro de Berlim, a Internet, mas vimos também a proliferação das drogas, as ameaças de guerras nucleares, vimos a guerra fria e os atentados terroristas!

No automobilismo, os anos dourados e românticos das corridas de automóveis, foram principalmente as décadas de 50, 60 e parte da década de 70, onde a grande maioria dos pilotos ainda corria por puro amor ao esporte, poucos eram os profissionais que viviam disso, não se ganhava dinheiro com as corridas , ao contrario, se gastava e muito!
Vale lembrar que a Formula 1, principal categoria do automobilismo, só foi criada em 1950 e que até o final dos anos 60 ainda era muito informal e muito distante do negócio em que se transformou nos dias atuais.


Um pequeno resumo de setenta anos ligados ao automóvel, às motos, ao antigo mobilismo e ao automobilismo esportivo.
Na primeira fotografia, comemorando com a minha esposa Ana Isaura. 

A minha geração cresceu com o desenvolvimento da industria automobilística e do esporte a motor, aos 7 anos quando comecei a acompanhar as corridas de automóveis, não existia ainda televisão, acompanhávamos o que se passava pelo mundo automobilístico, por meio do rádio e noticias em publicações estrangeiras, posteriormente, na década de 60, já assistia as corridas do Farol da Barra e acompanhava as transmissões feitas pelo Barão Fittipaldi, pois a Formula 1 e demais categorias internacionais não eram ainda televisionadas.
Foi em 1961, assistindo a uma corrida no Farol da Barra, no box do piloto Paulo Lanat, que era muito amigo do meu tio Anchises Castro Lima, que também era automobilista, conheci Lulu Geladeira, um grande e saudoso amigo que influenciou muito o meu ingresso nas competições.

Ao longo dessa grande jornada, dediquei-me à família, à arquitetura, à construção civil e também à hotelaria. A caça submarina, a pintura, o motociclismo e o antigo mobilismo foram meus hobbies , tendo feito boas e duradouras amizades, as quais carrego comigo até os dias atuais. 
Muitos se foram e novos amigos chegaram, alguns virtuais e com isso a vida segue até eu chegar ao meu destino final.

Mauricio Castro Lima.


segunda-feira, 2 de março de 2020

FOTO DO MÊS - MARÇO 2020


DKW Vemag no Autódromo de Interlagos nos anos 60.

Fotografia compartilhada na Internet, sem indicação de direitos autorais.

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