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sexta-feira, 6 de março de 2020

Meus 70 anos...



Fazer 70 anos é um privilégio que nem todos alcançam, principalmente aqueles que dedicam-se aos esportes mais perigosos, expondo-se mais frequentemente aos riscos que os mesmos representam.

As gerações de 40 e 50,  são únicas e privilegiadas, viram a maior evolução da humanidade, tanto em tecnologia como nos costumes e comportamentos sociais, que avançaram muito nas décadas pós segunda guerra mundial. 
Nós vimos muitas coisas boas e ruins, vimos o homem ir à Lua, vimos os Beatles, os Rolling Stones, o festival de Woodstock, os protestos pela liberdade sexual, a invenção do bikyni, a proliferação das discotecas pelo mundo afora, a queda do muro de Berlim, a Internet, mas vimos também a proliferação das drogas, as ameaças de guerras nucleares, vimos a guerra fria e os atentados terroristas!

No automobilismo, os anos dourados e românticos das corridas de automóveis, foram principalmente as décadas de 50, 60 e parte da década de 70, onde a grande maioria dos pilotos ainda corria por puro amor ao esporte, poucos eram os profissionais que viviam disso, não se ganhava dinheiro com as corridas , ao contrario, se gastava e muito!
Vale lembrar que a Formula 1, principal categoria do automobilismo, só foi criada em 1950 e que até o final dos anos 60 ainda era muito informal e muito distante do negócio em que se transformou nos dias atuais.


Um pequeno resumo de setenta anos ligados ao automóvel, às motos, ao antigo mobilismo e ao automobilismo esportivo.
Na primeira fotografia, comemorando com a minha esposa Ana Isaura. 

A minha geração cresceu com o desenvolvimento da industria automobilística e do esporte a motor, aos 7 anos quando comecei a acompanhar as corridas de automóveis, não existia ainda televisão, acompanhávamos o que se passava pelo mundo automobilístico, por meio do rádio e noticias em publicações estrangeiras, posteriormente, na década de 60, já assistia as corridas do Farol da Barra e acompanhava as transmissões feitas pelo Barão Fittipaldi, pois a Formula 1 e demais categorias internacionais não eram ainda televisionadas.
Foi em 1961, assistindo a uma corrida no Farol da Barra, no box do piloto Paulo Lanat, que era muito amigo do meu tio Anchises Castro Lima, que também era automobilista, conheci Lulu Geladeira, um grande e saudoso amigo que influenciou muito o meu ingresso nas competições.

Ao longo dessa grande jornada, dediquei-me à família, à arquitetura, à construção civil e também à hotelaria. A caça submarina, a pintura, o motociclismo e o antigo mobilismo foram meus hobbies , tendo feito boas e duradouras amizades, as quais carrego comigo até os dias atuais. 
Muitos se foram e novos amigos chegaram, alguns virtuais e com isso a vida segue até eu chegar ao meu destino final.

Mauricio Castro Lima.


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