HISTÓRIA DO AUTOMOBILISMO BRASILEIRO
ESCUDERIA AF- CONTINUAÇÃO
OS PUMAS
O primeiro Puma da lendária Escuderia AF foi um modelo 1968, carroceria nº001 e chassi nº 1.430.111, denominado Espartano Esporte GT, com fibra na espessura normal de linha, porém fabricado pela Puma, especialmente para competições, poderíamos dizer que foi o percursor dos modelos espartanos com fibra mais fina que seriam produzidos posteriormente. A mecânica foi preparada por Jorge Lettry visando a estreia do modelo Volkswagen nas pistas, exatamente nos 500 km da Bahia. Com relação à carroceria e chassi, tinha suspensão mais rebaixada e recalibrada, estabilizadores dianteiros e traseiros, alterações nos para lamas para acomodar as rodas Scorro de 6 polegadas, entradas de ar maiores, interior sem forração e acabamento bem simples (daí o nome espartano), ”Santo Antonio” preso ao chassi, bocal do tanque especial para abastecimento rápido, limpadores de para brisa duplos e juntos, parecidos com os que a Puma adotaria nos modelos de rua a partir de 1974, saia traseira mais curta, bancos adaptados para competição, instrumentos colocados para melhor visualização, etc.
Inicialmente veio de fábrica pintado na cor amarela, (uma tonalidade bem parecida com o antigo AMARELO MIXING do catálogo da Puma), com a faixa preta lateral circundando a capota até juntar com a outra lateral, que ficou bem característica dos modelos de competição, tendo saído também em alguns modelos de linha a exemplo do Puma 1.800.
Na primeira corrida, os 500 km da Bahia de 1968, foi pilotado por Lulu Geladeira e Norman Casari que por indicação de Jorge Lettry, após a desistência de Nelson Taboada de participar da corrida, acabou convidado por Adriano Fernandes uma vez que André Burity correria com Ubaldo Lolli no outro carro da equipe que era um VW 1600. O Puma recebeu o nº. 17, que ficaria por um bom tempo como o numero principal da equipe.
Nas corridas que se seguiram, entre elas a prova de
inauguração do Autódromo Virgilio Távora, varias em Salvador e Recife além do Norte/Nordeste de 1968 também no Ceará,
este puma continuou usando o numero 17 e a NOVA carretera Volkswagen, (oriunda de um "Pé de Boi" 0 KM), passou a usar o nº 71.
Para os 500 km da Bahia de 1969, a fábrica PUMA entregou à AF o Puma Espartano modelo 1969 que tinha a carroceria com a fibra bem mais fina, além de detalhes que só apareceram nos carros de linha tempos depois, a exemplo do para brisa com os cantos arredondados. Este novo Espartano tinha barra de proteção (Santo Antônio) incorporado ao chassi, acrílicos em substituição aos vidros laterais e traseiro, com vigia de correr nas portas. Enfim, era totalmente concebido para competições, com motor , caixa e demais componentes mecânicos Porsche 1600, (aparentemente o único exemplar a receber a mecânica PORSCHE que se tem noticia).
O novo Puma recebeu o nº17, passando o Puma 1968 a usar o nº71 e o NOVO protótipo VW (que substituiu a carretera "Pé de Boi", que havia capotado no Ceará) a usar o nº. 717.
O Puma exposto no Posto do Cristo em Salvador, já com novo visual proporcionado pelas entradas de ar tipo periscópio, rodas e pneus mais largos, suspensão mais baixa e radiador de óleo externo.
Nesta foto o Puma mais antigo no Autódromo Virgílio Tavora no Ceará, note-se bem os limpadores duplos parecidos com os que a Puma adotaria nos carros de rua, a partir de 1974.
Para os 500 km da Bahia de 1969, a fábrica PUMA entregou à AF o Puma Espartano modelo 1969 que tinha a carroceria com a fibra bem mais fina, além de detalhes que só apareceram nos carros de linha tempos depois, a exemplo do para brisa com os cantos arredondados. Este novo Espartano tinha barra de proteção (Santo Antônio) incorporado ao chassi, acrílicos em substituição aos vidros laterais e traseiro, com vigia de correr nas portas. Enfim, era totalmente concebido para competições, com motor , caixa e demais componentes mecânicos Porsche 1600, (aparentemente o único exemplar a receber a mecânica PORSCHE que se tem noticia).
O novo Puma recebeu o nº17, passando o Puma 1968 a usar o nº71 e o NOVO protótipo VW (que substituiu a carretera "Pé de Boi", que havia capotado no Ceará) a usar o nº. 717.
O Puma exposto no Posto do Cristo em Salvador, já com novo visual proporcionado pelas entradas de ar tipo periscópio, rodas e pneus mais largos, suspensão mais baixa e radiador de óleo externo.
Nesta foto o Puma mais antigo no Autódromo Virgílio Tavora no Ceará, note-se bem os limpadores duplos parecidos com os que a Puma adotaria nos carros de rua, a partir de 1974.
Nos 500 km de 1969, o novo Puma-Porsche nº17 foi pilotado por Lulu Geladeira e André Burity, e o Puma 68 antigo, agora com motorização VW 1.8 (com o desenvolvimento dos motores Volkswagen, estes passaram a ter muito mais competitividade) e novo visual bem mais agressivo devido às entradas de ar (tipo periscópio), radiador externo e rodas mais largas, passou a usar o nº 71 e foi pilotado por John Didric Brusell e José Luis Bastos.
O Puma Porsche nos 500 km da Bahia em 1969, exatamente com chegou da fábrica poucos dias antes da corrida.
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AS DUAS FERAS NOS 500 KM DA BAHIA - 1969
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O Puma Porsche em 1970 já com novo visual, entradas de ar sobre o teto, usando o nº 71 e já pintado com nova tonalidade amarela. As faixas pretas originais de fábrica após a nova pintura também foram excluídas.
Em 1970 o primeiro Puma o modelo 1968 com mecânica VW 1.8 passou a correr com o nº. 70 e o Puma Porsche ,agora já com mecânica VW 1.9 e componentes Porsche (posteriormente passou a usar mecânica VW com 2.200cc com eixo roletado), com um visual bem mais agressivo devido ás novas entradas de ar e radiador externo bem como novas rodas de 10” ,passou a correr com o nº. 71, mantendo esta numeração por várias corridas , vindo depois a mudar novamente em 1971, passando o Puma modelo 68 de nº70 para nº17, como era originalmente e permanecendo o Puma modelo 1969 (ex Porsche) com o nº71.
O primeiro Puma VW a competir e também o vencedor da prova inaugural do
Autódromo VIRGÍLIO TAVORA no Ceará, em uma bela pose no pátio da revenda VW
Caria Ribeiro na Avenida Barros Reis em Salvador. Aqui ele já usa o nº 70 e uma nova tonalidade de amarelo, tendo sido abandonadas as faixas pretas originais da Puma.
FOTOS DIVERSAS, NOTÍCIAS E CURIOSIDADES:
Nos 500 km do Ceará em 1969, Lulu Geladeira e André Burity alinharam com o Puma Porsche, usando o numero 1, uma vez que já havia um carro inscrito com o numero 17, reparem o detalhe na foto abaixo onde da para perceber o numero 7 que foi apagado de ultima hora. Na foto estão junto ao puma,Lulu Geladeira (de camisa vermelha) e André Burity de macacão e capacete.
Rara foto colorida dos dois amarelinhos correndo juntos na Avenida Centenário, O Puma Porsche é o da frente. Esta foto é do final de 1970 já com a pintura nova e numeração 70 (o antigo) e 71 (o novo).
Anuário Brasileiro de Automobilismo de 1970 com o Puma 70 da AF na ilustração da capa.
Jornal O GLOBO- Puma nº 71 da AF nos 1000 km de Brasília em 1970 com André Burity e Leonardo Godoi
Jornal O GLOBO- Puma nº 71 da AF nos 1000 km de Brasília em 1970 com André Burity e Leonardo Godoi
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CONTINUA
Link para Escuderia AF (parte 3)
ESCUDERIA AF- Caria Ribeiro
Por Mauricio de
Castro Lima 2012
Fotografias utilizadas: Acervo pessoal de Eduardo Ribeiro, John Brusell, Mauricio C. Lima
Noticias de jornais e revistas: O GLOBO, Revista O Cruzeiro, Tribuna da Bahia e Anuário Brasileiro de Automobilismo
ATUALIZAÇÕES:
Revisada em 24/01/2015
Revisada em 13/07/2016
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Antonio Justo Couto comentou isso.
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Antonio Justo Couto Nessa
corrida lancei o volks 1600 para Caria Ribeiro ficando em primeiro.Vou
procurar a foto que estamos sendo carregados pelo grande mestre Lulu
Geladeira e outros diretores da escuderia AF Na foto estão Antonio Couto
Luizinho Bastos e Jhonny.
- Otto Rocha Lima Lembro demais, corri na de estreantes.
- Mauricio Castro Lima Grande Couto, aguarde que estou fazendo uma matéria completa sobre esta corrida que também corri, tenho muitas fotos, você vai gostar.
- Antonio Justo Couto Bons tempos Mauricio qdo achar as fotos te mando para seu arquivo .Vc faz a historia dos bahianos Obrigado !!!
- 1 h
COMENTÁRIOS FACEBOOK
- Eduardo Tanure, Hamilton Calabrich Filho, Roberto Pinto Soares e outras 10 pessoas curtiram isso.
- Mário Cabral Filho Corridas inesquecíveis, eu com 13 anos de idade registrei os 500 Km em 1968 e não em 1969 como postei.
- Alexandre Trócoli Silveira Meu pai Alvaro Silveira era o presidente do Automovel Clube da Bahia, e quando criança acompanhava ele nas corridas na Av. Centenário.
- Mauricio Castro Lima Alexandre Veja na matéria que postei no Old Races em setembro de 2013, intitulada "Posto do Cristo", fiz um comentário em que falo do seu pai, a quem tive o prazer de conhecer em 1969. Um abraço!
- Alexandre Trócoli Silveira Mauricio Castro Lima visitei o seu blog, old races, muito bom, resgata os bons tempos das corridas de automoveis em Salvador, era criança na época, mas lembro de Wilson Fittipaldi correndo na centenário, Piero Gancia, Chico landi, eu ia com meu pai Alvaro, que era Presidente do Automovel Clube de Salvador na época e grande incentivador das corridas na centenário.
- Mauricio Castro Lima Esta corrida que Wilson Fittipaldi correu e vários dos MELHORES pilotos brasileiros, a exemplo de José Carlos Pace, PieroGancia, De Lamare, Marivaldo Fernandes, Emilio Zambello entre outros, foram os 500 km de 1969, que eu também corri com uma Berlineta Willys Interlagos. Brusell, Fred Leal, Ivan Cravo e José Luis Bastos também estavam, eu era o "caçula", tinha 18 anos e já estava na elite do automobilismo brasileiro !!
- Alexandre Trócoli Silveira Como está seu irmão Claudio, fizemos intercambio nos Estados Unidos juntos em 1971
- Mauricio Castro Lima Esta bem, se quiser encontra-lo aqui no Face ele tem uma pagina Canários Castro Lima. Ele tem um criatório de canários muito bem conceituado no mercado.
6 comentários:
Mauricio, primeiramente obrigado por disponibilizar publicamente este valioso acervo que tens sobre a Escuderia AF, principalmente dos Pumas!!! Obrigado!!!
Ambos os Pumas possuem aquelas entradas de ar forçada, no 1969 sobre o teto e no 1968 as duas torres. Neste caso era abandonado as capelinhas de ventilação assim como o gerador de energia? Tens fotos desta parte do motor?
Na propaganda da Caria Ribeiro intitulada "Uma nova vitoria da mecânica Caria Ribeiro", o puma da foto possui as torres de ventilação e o # 71. Embora não esteja declarado, suponho que seja o 1968, ou seja, o primeiro Puma adquirido pela AF, confere? Se sim, nesta foto chama atenção quatro itens dos quais são o para-brisas de canto arredondado, as faixas laterais pintadas do modelo "S", a ausência do radiador de óleo dianteiro, aquele sobre o capô dianteiro e as rodas de 4 furos, do qual havia lhe pedido tempos atras, as de modelo "tijolinho". O Puma GT 1968 nas fotos dos treinos em final de 1969 possui estas rodas, o # 70 e não possui as faixas, mas possui o para-brisas de canto reto. Esta foto da propaganda é de que ano? Ou este da foto é outro Puma, talvez um 1970 ?
Caro Leo, quem lhe agradece sou eu por lhe ter como leitor do Old Races, infelizmente não tenho uma foto do motor dos Pumas mas vou verificar se alguém tem e lhe envio se conseguir.
Eu tenho uma foto do motor do VW da equipe Curvello que não tinha ventoinha ou como alguns chamam "capelinhas", não é muito nítida mas da para ver. Se quiser lhe envio .
Com relação à fotografia da propaganda de Caria Ribeiro, existem duas possibilidades:
1- Seria a foto do Puma 68 (o primeiro) mas tem o problema dos cantos do para brisa arredondados que não bate, a falta do radiador externo não é problema pois nas primeiras corridas ele não tinha, ou melhor, era em baixo.
2- Seria um sósia do mesmo, isto é o mais provável pois o carro da foto não tem "cara" de carro de corrida (muito alto e as rodas não eram as usadas inicialmente).
Vale a pena lembrar que Caria Ribeiro além de uma grande revenda Volkswagen era também revendedor autorizado PUMA, e que tinham à disposição vários carros para simular a fotografia!
Outro detalhe que me leva a pensar em foto simulada é que na corrida em questão quem usava o nº 71 era o Puma (ex Porsche) que de fato foi o vencedor e este Puma não tinha quebra vento, era acrílico o vidro inteiro e não tinha as entradas de ar tipo periscópio.
Um abraço,
Mauricio
Mauricio, me encaminhe a foto do motor da Curvello, do motor. Agradeceria muito! flach.leo@gmail.com . Grande Abraço!
Parabéns pela matéria.
OK Léo, vou encaminhar.
Um abraço
Obrigado Medra, espere pela continuação, depois vamos fazer a matéria da Cobape, conto com a sua ajuda!
Grande abraço
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