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sábado, 12 de abril de 2014

Equipes baianas - Escuderia AF ( Parte 1)

HISTÓRIA DO AUTOMOBILISMO BRASILEIRO



Escuderia AF - O início





A Escuderia AF foi fundada em 1968 por Adriano Fernandes, Renato Caria, Lulu Geladeira, Nelson Taboada, André Burity, Mauricio Fainstein e Raimundo Heráclito de Carvalho.
A equipe foi uma das principais forças do automobilismo na região Nordeste durante os anos dourados do esporte no Brasil.
Grande parte do sucesso da AF além da excelente estrutura físico/ financeira que dispunha e dos seus bons pilotos, deveu-se também ao importante suporte semi oficial que recebia da fábrica Puma e da Comercial MM. 
Note-se que a relação de Adriano Fernandes e Lulu Geladeira com Jorge Lettry e Mario César Camargo (Marinho), já vinha desde 1961 quando Lulu e outros pilotos, a exemplo do pernambucano Gegê Bandeira, eram convidados por Lettry para pilotar carros da Vemag (ver no quadro abaixo parte de um depoimento sobre Jorge Lettry dado pelo piloto Bird Clemente). 
  
Escuderia AF - Primeira fotografia oficial - 1968

A escuderia AF tinha a  sede dentro da revenda Volkswagen CARIA RIBEIRO, a qual pertencia a Renato Caria, um dos fundadores da equipe e dava todo o apoio mecânico, técnico e logístico necessário.
Os principais patrocinadores da ESCUDERIA AF eram:

CARIA RIBEIRO – revenda Volkswagen
LAJES VOLTERRANA- lajes pré moldadas
BURITY – materiais de construção
KONTIK—agencia de viagens
PEPSICOLA- indústria de refrigerantes
SUERDICK- fabrica de charutos
PNEUService – revenda PNEUS GOODYEAR

Contava ainda com apoio semi oficial da PUMA e SCORRO (fabricante de rodas).


Estrutura da Escuderia AF - Acrescente-se ao organograma, pela parte de Caria Ribeiro a participação de Heráclito de Carvalho e Roland Itém, como fundador e colaborador da equipe.
Também pelas Indústrias de Charutos Suerdick, a participação de Fernando Suerdick como colaborador  da equipe.
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Por Bird Clemente, piloto e historiador do automobilismo brasileiro…

MEU AMIGO, MEU CHEFE, MEU IRMÃO MAIS VELHO

“No começinho dos anos 60 quando eu estava na Equipe Vemag, cada vez que o Wilsinho passava perto de mim ele punha a mão na boca, e com os dedos dava o formato de uma corneta e com ruído característico fazia alusão ao meu chefe, o sargentão Jorge Lettry. Essa era a imagem dele. Exigente, perfeccionista e intolerante era assim a figura que ele projetava. Um Italiano apaixonado pela capacidade dos artefatos bélicos nazistas. Ele era o chefe, eu e o Marinho, sua pequena tropa de elite. Cada vez que assisto esses filmes americanos do sargentão preparando os Marines, eu me lembro do Tenente como ele era chamado por todos.

Sempre com elegante boné, óculos Ray Ban, calça e camisa caqui, que eram praticamente uma farda que caracterizava o primeiro chefe de equipe do Brasil, sem duvida mais elegante que o Neubauer da Mercedes. Nossa vida não era fácil, ele tinha orgulho da gente e nós dele, nas provas longas se incorporavam na tropa, gaúchos, cariocas, baianos, pernambucanos etc., seus preferidos eram Flavio Del Mese, Iwers, Norman Casari, Bob Sharp, Lulu Geladeira, Gege Bandeira entre outros, depois da minha época, Scurachio, Dalpont, Lameirão, Anísio que ele chamava de Rodolfo Valentino


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OS PRIMEIROS CARROS E AS PRIMEIRAS CORRIDAS:

 Volkswagen nº 22 ( à esquerda, ao lado do Simca) nos  500km de Salvador em 1968. Foi o primeiro carro da AF. Nesta prova foi pilotado por André Burity/ Ubaldo Lolli, chegando em 2º lugar.

Volkswagen  Força Livre no VI Circuito de Salvador em 1969. Terceiro carro da AF, era originalmente um "Pé de Boi"  0 KM, que foi transformado em carretera. Aqui ele  aparece em sua primeira corrida com o tradicional nº 71 e pintura amarela da AF.


Puma Espartano 1968 nº 17 (Este Puma, de carroceria nº 001, foi o precursor dos modelos Espartanos de competição fabricados posteriormente). Este Puma foi o segundo carro da Escuderia AF.


O Puma Espartano 1968 nº17, em sua estreia nas pistas pilotado por Lulu Geladeira e Norman Casari, nos 500km da Bahia em 1968 .Teria ficado em 2º lugar atrás apenas da GTA de Piero Gancia/ Emilio Zambello, porem foi desclassificado.


Norman Casari e o Puma 17 - 500km da Bahia 1968.


Jorge Lettry Cuidando carinhosamente do Puma Espartano antes da largada dos 500km da Bahia em 1968.
As rodas Scorro foram as primeiras fabricadas, exclusivamente para este carro, sendo posteriormente incorporadas aos veículos de série.

O Puma Espartano 1968 nº17, vencendo sua primeira corrida no circuito da Cidade Universitária no Recife, pilotado por Lulu Geladeira.

Notícia sobre a primeira vitória de um Puma Volkswagen no Circuito da Cidade Universitária no Recife.

 Volkswagen 71 e Puma 17 (vencedor) na inauguração do Autódromo do Ceará em 1968.


Puma 17 vencendo em Salvador com André Burity, seguido do Volkswagen 71 pilotado por Lulu Geladeira. 
Matéria da revista Autoesporte nº 55 de maio de 1969, sobre a prova acima.


No inicio o nome era " SCUDERIE A.F."

Em 1969 passaram a fazer parte da equipe AF, os pilotos John Brusell e José Luis Bastos.
Volkswagen nº 717 nos treinos da Prova Paulo Lanat em 1969,sendo pilotado por J. Brusell. Nesta foto aparecem ao fundo os pilotos Gil Ferreira (de boné), Gil Ferreira Filho e Lulu Geladeira (de camisa vermelha)

Os dois Volkswagen Divisão 3*  nº 717 (J. Brusell) e nº 171 (José Luis Bastos) no treino da Prova Paulo Lanat, vendo-se ainda um Volks 4 portas também da AF, que foi pilotado nesta prova por Antonio Couto.


500 km Salvador -1969- Volkswagen Divisão 4 - força livre nº 717 - José Luis Bastos (esquerda) e John Brusell. Este Volkswagen veio substituir a antiga carretera 71 (pé de Boi) que foi vendida à Equipe Cravo Bauer, após ter sofrido uma capotagem no Ceará, quando era pilotada por André Burity.                  

* Não confundir a antiga Divisão 3 com a Divisão 3 dos "Pinicos Atômicos" dos anos 70.


CONTINUA
Link para Escuderia AF (parte 2)
https://oldraces.blogspot.com.br/2014/04/equipes-baianas-escuderia-af-parte-2.html

Link para Escuderia AF (parte 3)


ESCUDERIA AF- Caria Ribeiro
Produzido por  Mauricio de Castro Lima - Dezembro de 2012



ATUALIZAÇÕES:
Revisada em 24/01/2015
Revisada em 10/03/2016
Revisada em 13/07/2016
Revisada em 12/04/2017
Revisada em 20/03/2020


 MATERIAL UTILIZADO:
Fotografias das revistas Quatro Rodas e Autoesporte, fotografias do acervo de J,Brusell, Eduardo Ribeiro e Mauricio C. Lima.Reprodução de matéria da coluna RETROVISOR. Reprodução de texto do piloto Bird Clemente sobre Jorge Lettry.


Mensagem do Facebook
MARIO CABRAL FILHO
Estive em todas as corridas da Av. Centenário, como espectador, antes vi as corridas do Farol da Barra até a rua Airosa Galvão, onde morava e volta pela Miguel Bournier. Tenho fotos minhas das corridas da Centenário, algumas muito estragadas, mas tem foto dos Puma, do Alfa Giullia, dos fuscas da Equipe Cascão de Brasília, do BMW, enfim, tinha sei lá 14 anos não lembro agora. Continuo amante do automobilismo, nunca corri, porque nunca construíram um autódromo nesta terra, botei muitos pegas e hoje aos 60 anos uso simuladores de carro com volante Force Feedback para curtir as principais e muitas outras pistas do mundo, correndo com os melhores carros do mundo, com a física aplicada e uma imagem que beira a realidade e a condução destes veículos cada um tendo a sua física e sua potência. Me fugiu o nome agora, coisas de velho, mas é o campeonato de marcas europeu. Grande abraço.

quinta-feira, 26 de setembro de 2013

AUTOMOBILISMO BAIANO - A pista da Avenida do Centenário (Parte 5)

 Continuação



-HISTÓRIA DO AUTOMOBILISMO BAHIANO-



Concluindo a nossa viagem ao túnel do tempo, numa volta completa pelo circuito da Centenário no sentido horário, mostraremos agora o quarto e último dos trechos mapeados desta famosa e histórica pista.


TRECHO D - vai do final da reta oposta aos boxes até a linha de chegada.



                                Circuito da Centenário em 1969.

   Foto 15 original - Final da reta oposta aos boxes - Prova Paulo Lanat em 1969. Na foto, uma disputa de posição entre Mauricio C. Lima e Elias Uanus.

  Foto 16 original -Curva do posto, vendo-se um matagal ao fundo onde hoje é o Shopping Barra -  Prova Paulo Lanat em 1969, na foto os pilotos Ivan Cravo e Mauricio C. Lima disputando posição no retorno.
OBS: Como se pode ver na foto atual, este retorno hoje não mais existe.

            Foto 17 original - Saída da curva do posto - Prova TV Aratú em 1969.

       Foto 18 original -Entrada dos boxes vendo-se o posto ao fundo - 500 km da Bahia em 1969.

                         Foto 19 original - Prova Paulo Lanat em 1969.
A fotografia do meio é uma montagem. Para melhor visualização da pista dos boxes, fizemos uma alteração na nova foto com o traçado original.

Foto 20 original - Linha de largada/chegada vendo-se parte da área dos boxes ao fundo - 500 km da Bahia 1969.


 O túnel do tempo termina por aqui, mas as informações sobre o circuito da Avenida do Centenário ainda vão continuar. 



AGUARDEM !








 O TÚNEL DO TEMPO FOI UMA PRODUÇÃO EM PARCERIA COM O BLOG   PIT STOP BAHIA .

 Material utilizado: Texto,desenho e fotos do arquivo do Mauricio Castro Lima, fotos do arquivo de John Brusell, fotos de Carlos Seixas.

Continua

quarta-feira, 11 de setembro de 2013

AUTOMOBILISMO BAIANO - A pista da Avenida do Centenário (parte 3)

Continuação


- HISTÓRIA DO AUTOMOBILISMO BAHIANO-


Dando continuidade ao túnel do tempo apresentamos a seguir o segundo trecho do circuito, com o efeito comparativo das fotos  atuais nos mesmos locais e sempre que possível nos mesmos ângulos das originais da época.

TRECHO B - da curva do Calabar de dentro, retornando antes do túnel e voltando até o inicio da curva do Calabar de fora.


                                         Circuito da Centenário em 1969.

  Foto 6 original- Puma VW seguido pelo Puma Porsche da Escuderia AF, nos 500 Km da Bahia de 1969.
Foto 7 original- Puma VW da AF seguido do Elgar GT de Brasilia, nos 500 Km da Bahia em 1969.

Foto 8 original- Puma da AF no retorno do túnel (Prova TV Aratu- 1969).

 Foto 9 original- Puma da Carbel de Minas Gerais seguido por um protótipo VW também de Minas e pelo Puma VW da AF - (500 Km da Bahia 1969).

Foto 10 original- Volkswagem protótipo da equipe Curvello (Norte-Nordeste 1969).




O túnel do tempo continua na próxima semana.

AGUARDEM!


ATUALIZADA EM 10/09/2017

Material utilizado na matéria: fotos e desenho do arquivo Old Races, fotos de Carlos Seixas.