HISTÓRIA DO AUTOMOBILISMO BRASILEIRO - 1968/1969/1970
Largada das 500 Milhas do Rio de Janeiro em 1968.
Na indústria, o lançamento de novos veículos como o Ford Galaxie, o Opala da GM, o Puma VW, o Corcel da Ford/Willys, o Dodge Dart da Chrysler, a nova linha Volkswagen com motor de 1600cc, vieram ampliar a oferta de um mercado composto em sua quase totalidade de veículos já bastante defasados em relação à indústria automobilística mundial!
O automobilismo esportivo brasileiro a partir dai passou por uma grande e crescente transformação que teve como início o ano de 1968 quando os primeiros novos veículos produzidos por aqui passaram a ser utilizados nas competições, a exemplo do Puma Volkswagen, do Corcel e do Opala.
Tiveram um papel muito importante no desenvolvimento esportivo e de competição destas novas mecânicas, a Bino, a Envemo, a MM e a própria Puma, colocando à disposição de equipes e pilotos, uma gama de equipamentos e configurações para altas performances nas pistas, tais como comandos de válvulas, kits para maior cilindrada, cabeçotes trabalhados, carburações duplas, caixas de marchas, radiadores de óleo, material p suspensão e freios, etc...
BINO
ENVEMO
PUMA
MM
Desde o ano de1968, os novos veículos nacionais começaram a ser introduzidos gradativamente nas corridas, à medida que tinham a sua mecânica desenvolvida para as competições. Surgiram os primeiros Opalas de competição, dos irmãos Da Mata de Minas Gerais e dos irmãos Da Fonte de Pernambuco e o Corcel BINO da Cisa em Minas Gerais.
Corcel Bino da Cisa, pilotado por Emerson Fittipaldi nos 500Km de Belo horizonte.
O Opala dos irmãos Da Mata foi o primeiro a participar de uma competição.
Com a adoção em alguns carros da linha Volkswagen, do motor 1600cc com cabeçote de dupla entrada, a Puma, a MM e a Envemo passaram a desenvolver a mecânica VW para as competições, chegando o mesmo a cilindradas de 1.7, 1.8, 1.9, indo até 2,2 litros, com a potencia muito elevada, o que tornava estes motores bastante competitivos. Como consequência os fuscas bastante aliviados de peso e muito bem preparados passaram a proliferar nas competições em todo o Brasil.
O Puma da Escuderia AF foi o primeiro Puma VW a competir.
Os primeiros Pumas também apareceram nas pistas em 1968 em versões espartanas para competições, sendo o primeiro, preparado pela fábrica Puma para a equipe AF da Bahia que estreou nos 500 Km da Bahia em agosto de 1968. Surgiram também alguns Protótipos de competição com mecânica nacional, além de alguns exemplares bem preparados do Lorena GT.
O Protótipo Willys apresentado no Salão do Automóvel, foi alterado mecanicamente e rebatizado de Bino Mark II.
O nosso automobilismo que até final dos anos 60 ainda utilizava em larga escala os nacionais, Simca, Willys Interlagos , FNM 2000, DKW, Malzoni DKW, Gordini, protótipos diversos, íbridos como o Volks e os KG Porsche da DACON,os Binos Mark l, o Bino Mark II, o Fitti Porsche, além dos importados como as Alfas GTA e Zagatto, BMW 2000 e algumas carreteras, passou a conviver com os novos nacionais e a partir de 1969 com a veloz Alfa Romeo P33 da equipe paulista Jolly Gancia e posteriormente, também com o Ford GT 40 da Equipe Colégio Arte e Instrução e com a Lola T 70 dos irmãos De Paoli.
A Alfa Romeo P33 da Equipe Jolly Gancia.
A primeira consequência disso foi a proliferação da construção de Protótipos de competição, com o surgimento de diversos pequenos fabricantes em varias partes do país. Estes protótipos em sua grande maioria utilizavam a mecânica Volkswagen a ar, que tinha um excelente potencial de desenvolvimento, mas também se faziam protótipos com outras mecânicas como Alfa Romeo, Renault R12 (do Corcel), Chevrolet e Ford.
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