Translate

Mostrando postagens com marcador protótipos. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador protótipos. Mostrar todas as postagens

sexta-feira, 16 de outubro de 2015

História do automobilismo baiano - Os protótipos

- HISTÓRIA DO AUTOMOBILISMO BAHIANO -



Na época de ouro do automobilismo da Bahia, os anos 60/70, os baianos tinham um lugar de destaque no cenário automobilístico nacional, com equipes bem estruturadas, bons pilotos e patrocinadores de peso. 
Tínhamos toda uma cultura automobilística que envolvia um grande público participativo e despertava muito interesse por parte da imprensa escrita e das rádios e televisões, além de várias publicações especializadas.
Numa época em que o país tinha poucos autódromos e corria-se até em pistas de paralelepípedos, Salvador tinha a bela pista da Avenida do Centenário, com suas encostas que eram verdadeiras arquibancadas naturais e proporcionavam ao público segurança e uma excelente visão da pista.
 As corridas em sua grande maioria eram assistidas por numeroso público, muitas vezes acima de 40.000 pessoas, o que ainda é muito até nos dias atuais. A imprensa se mobilizava e noticiava não só as corridas, como acompanhava também os preparativos das equipes e dos carros, o que fazia com que o interesse pelo esporte só aumentasse!
As revendas de automóveis, principalmente as da marca Volkswagen (que no final dos anos 60 já era a mecânica mais usada em competições), eram envolvidas com as corridas e quase todas apoiavam alguma equipe ou tinham a sua própria. 
Nos bastidores deste cenário, vinha surgindo em pequena escala uma indústria de carros de corridas, os protótipos de competição, que ficaram famosos em todo o país ao longo da década de 70. 
Junto com o incremento das competições, veio também o mercado de serviços, com o surgimento de vários preparadores de motores locais, o que veio diminuir a nossa dependência dos projetistas e preparadores de São Paulo.


 O Elva I nº 111 da Equipe Cravo Bauer, com o piloto Ivan Cravo, no portão da casa do escultor Mario Cravo, no bairro do Rio Vermelho em Salvador.


 Rara foto de traseira, do protótipo Elva I da Cravo Bauer na antiga rotatória da Av Camurugipe, (hoje Av. ACM) em frente ao atual Parque da Cidade. Notem as enormes Weber 48 IDH do motor 2 litros. Este protótipo utilizava ainda a plataforma Volkswagen com motor traseiro.

O primeiro protótipo baiano a correr nas pistas da Avenida Centenário  foi o Protótipo RM, também chamado de "Patinho Feio", em uma alusão ao Protótipo Camber de Brasília que era também conhecido como Patinho Feio. Era na verdade uma carroceria de fibra muito leve, que foi colocada sobre um chassi tubular de um Formula V e recebeu uma mecânica VW 1.9 muito bem preparada, ficando com uma excelente relação peso/potência, vindo dai o motivo pelo qual tinha uma performance tão boa nas pistas.
 

Em três matérias postadas anteriormente (ELVA, uma história quase esquecida, partes 1, 2 e 3) já contamos aqui um pouco da história da ELVA, marca criada pelo kartista Élcio Paiva e que foi utilizada por algumas das principais equipes da Bahia em provas automobilísticas por várias cidades do Brasil. 
 
Clique nos links abaixo para ver ELVA, uma história quase esquecida, partes 1, 2 e 3

 http://oldraces.blogspot.com.br/2013/07/elva-uma-historia-quase-esquecida-parte.html

http://oldraces.blogspot.com.br/2013/07/elva-uma-historia-quase-esquecida-parte_15.html

http://oldraces.blogspot.com.br/2014/03/elva-uma-historia-quase-esquecida-parte.html


 Protótipo Elva I da Equipe Cobape, foi o primeiro Elva de competição produzido por Élcio Paiva, tinha chassi tubular e motor entre eixos.


 O protótipo Elva II da Equipe RM - Retificadora Moderna dos pilotos Roberto Bahia e Mario Monteiro, tinha chassi tubular e motor entre eixos.
Detalhe - nome Elva assinalado em branco.

 Elcio Paiva e equipe, trabalhando na produção de mais um ELVA.

Além dos Elvas, vários outros protótipos foram produzidos aqui em nossa cidade, a exemplo dos protótipos construidos pelo piloto Leonardo Godoi (Motophine), com mecânica Corcel Bino, do protótipo do Team Jerry com mecânica Alfa Romeo e do protótipo da Catú Motor com mecânica Volkswagen. 

O belo protótipo de Leonardo Godoi, com mecânica Corcel Bino.


Protótipo da Team Jerry com mecânica Alfa Romeo. herdada de um FNM JK 2000.
Foi construido na Oficina Cruz Motor, que pertencia a Carlos Augusto Ferreira Cruz, mais conhecido no meio automobilístico àquela época, como Carlos Matéria.

Protótipo da Catú Motor no autódromo do Ceará, sendo atendido nos boxes durante os treinos. Note-se o piloto Carlos Medrado dentro do carro.

NOTICIAS:




Fotografias do acervo de Arthur Barros, Fred Leal, Ivan Cravo e Mauricio C. Lima

  oldraces.blogspot.com m.castrolima.arq@gmail.com

segunda-feira, 15 de julho de 2013

ELVA, uma História quase esquecida! (Parte 1)



ELVA, uma história quase esquecida!    
    
                                                                            ELVA GT   (ilustração Old Races)

No final da década de sessenta Élcio Paiva, carioca, engenheiro e piloto de Kart, que veio com os pais morar na Bahia, decidiu fazer um carro para uso próprio, baseado nos moldes dos GTs esportivos e de competição que estavam muito em moda àquela época. Para realizar uma empreitada de tal envergadura Élcio contou com a ajuda do amigo e também engenheiro elétrico Raimundo Castro, mais conhecido como “Castrão”. Também participaram da construção do carro os amigos Francisco (Chiquinho) Lima Ribeiro, Paulo Roberto dos Santos e o piloto Lulu Geladeira (mecânica).
O GT usaria o chassi e mecânica Volkswagen como era a maioria dos fora de série brasileiros da época, pois não haviam muitas opções no mercado para servir de base para um projeto de porte como a criação de um automóvel esportivo.
Após a fase inicial de projetos eles começaram a fazer os moldes da carroceria de fibra, na garagem da casa dos pais de Élcio no bairro da Pituba em Salvador.
Além do chassi e da mecânica o ELVA GT herdou dos VW muita coisa da parte elétrica e de acabamentos, tendo algumas peças sido fabricadas com exclusividade para ele, a exemplo de vidros laterais e traseiro, bancos e acabamentos diversos, herdando também dos PUMAS alguns componentes como os limpadores de para brisa.
Os primeiros testes de rua foram um sucesso e o GT agradou em cheio, por onde passava chamava muito a atenção de curiosos e automobilistas de todas as idades. Após os devidos procedimentos técnicos e aprovação no DETRAN o garboso GT, já devidamente emplacado, passou a circular pelas ruas de Salvador enchendo de orgulho os seus projetistas e construtores.
 
Era a época de ouro do automobilismo baiano, a cidade tinha corridas com regularidade e varias equipes de competição sedentas para evoluir dos carros de turismo, preparados para correr na categoria força livre e migrar para a coqueluche do inicio dos anos setenta, que eram os protótipos de corrida.

                                Elcio (à direita) e Chico Ribeiro (dentro do carro), finalizando a construção do Elva da Equipe RM.

No final dos anos 60 e inicio dos anos 70 construíam-se protótipos por todo o Brasil a fora, do Rio Grande do Sul ao Ceará e como não poderia deixar de ser, a Bahia seguiu a tendência do resto do país. Neste contesto, o Elva se encaixou perfeitamente e logo entrou em cena com uma versão sem capota, baseada nas linhas do belo e aerodinâmico GT.  



O ELVA GT,  no antigo Kartódromo do Stiep em Salvador, ainda com a pintura branca, diferente das tonalidades amarelo limão e vermelho com as quais foi pintado posteriormente.

TEXTO CORRIGIDO E ATUALIZADO EM 19/03/2014
CLIQUE NO LINK ABAIXO PARA VER - ELVA UMA HISTÓRIA QUASE ESQUECIDA (PARTE 2):

 https://oldraces.blogspot.com.br/2013/07/elva-uma-historia-quase-esquecida-parte_15.html

CLIQUE NO LINK ABAIXO PARA VER - ELVA UMA HISTÓRIA QUASE ESQUECIDA (PARTE 3):
 https://oldraces.blogspot.com.br/2014/03/elva-uma-historia-quase-esquecida-parte.html


(Continua na próxima postagem)