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sábado, 8 de setembro de 2018

Propagandas antigas

Nada melhor para lembrar um pouco a história do automóvel e de certa forma também o desenvolvimento do "marketing" automobilístico, do que rever algumas propagandas antigas com os seus apelos às diversas questões como beleza, durabilidade, economia, segurança, esportividade, etc... 






















 

sexta-feira, 24 de novembro de 2017

O embarque no Anna Nery

- HISTÓRIA DO AUTOMOBILISMO BRASILEIRO -

O navio Anna Nery ancorado no porto.

Em janeiro de 1969 no estado do Ceará, foi inaugurado em Eusébio, próximo à capital Fortaleza, o Autódromo Virgílio Távora. 
Para a grande festa de inauguração, que foi a corrida inaugural denominada Prova Mario Andreazza, participaram carros e pilotos de vários estados do Brasil, sendo que daqui da Bahia foram inscritos na competição três carros, o Puma Volkswagen 1600 nº 17 da Scuderie AF, que seria pilotado por Lulu Geladeira, o Volkswagen 1600 nº 71 também da Scuderie AF e pilotado por André Burity e o Renault 1093 nº5 da Equipe Motophine, pilotado por Leonardo Godoi.

O Puma Espartano nº 17 da Scuderie AF, sendo embarcado no Porto de Salvador no Anna Nery, rumo à cidade de Fortaleza, de onde voltaria vitorioso.
Na fotografia em destaque, da matéria abaixo, o Renault 1093 nº5 de Leonardo Godoi esta sendo embarcado no navio.

Notícia do jornal Diário de Notícias, sobre o embarque dos carros e os problemas com a superlotação do navio, o que evidencia que a pratica do "overbooking" praticado atualmente pelas companhias aéreas, já existia naquela época.
Na fotografia abaixo estão à esquerda, o piloto Leonardo Godoi e à direita o piloto Lulu Geladeira. No centro da foto está Euvaldo Pinho (de bigode), que foi um dos pilotos baianos que mais atuaram nas corridas do Ceará.


Noticia sobre a corrida em um  jornal do Ceará, que erroneamente cita o nome de Euvaldo Pinho e Frederico Scheappi como os pilotos dos carros da Scuderie AF.

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A CORRIDA:

Na fotografia acima, à esquerda, está o Renault 1093 nº5 de Leonardo Godoi.

O piloto baiano Lulu Geladeira, pilotando o Puma Volkswagen Espartano 1600cc nº 17 da Scuderie AF, largou na pole position e liderou de ponta a ponta , vencendo a corrida de forma incontestável, sendo incomodado apenas no início da prova pelo protótipo de César Figueiredo, que terminou abandonando por quebra do motor e pela Berlineta Willys Interlagos nº 21 do piloto paulista Luiz Fernando Terra Smith, que tambem teve problemas mecânicos, sendo obrigado a entrar nos boxes e com isso perdeu várias voltas.

RESULTADO FINAL:
1º Lulu Geladeira  - Puma VW 1600 - BA
2º Ramon Cortizo - Volkswagen 1600 -  PE
3ºAntônio Ciríno  - Protótipo Italdiesel - CE
4º Armando Barbosa - DKW - CE
5º Carlos Fernandes - Simca - CE
6º Artur Vichmann  - DKW -CE
7º Leonardo Godoi -  Renault 1093 - BA
8º Luiz Fernando Terra Smith  - Willys Interlagos  - SP
9º André Burity  - Volkswagen 1600 – BA

Carros que não completaram a prova:
Neném Pimentel – Karmann Ghia - CE
Samuel Cohen  - Volkswagen 1600 - PE
Eduardo Amarilio/João Quevêdo – Simca - CE
César Figueiredo - Protótipo Italdiesel – CE
Aspecto do grid de largada antes do início da corrida.
Na largada, o Puma de Lulu Geladeira pula na frente e vence a prova de ponta a ponta.

Na foto acima da largada, vemos os três carros da Bahia, que desembarcaram juntos do navio Anna Nery, partindo em posições bem diferentes:
O Puma nº 17 esta à direita na "pole position", o Volkswagen nº 71 bem no centro da foto, ocupando a nona posição e logo atrás à esquerda o Renault 1093 nº5, na 13ª posição.
A Berlineta Willys Interlagos nº 21, pilotada pelo piloto paulista Luis Fernando Terra Smidth, fazendo a "Curva do Desespero", com o pé em baixo.

O Puma Espartano nº17, em sua brilhante jornada rumo à vitória.



Autódromo Virgílio Távora em 1969
O Autódromo Virgílio Távora como era no dia da sua inauguração.
Localização: Eusébio, Ceará, Brasil
Inauguração: 12 de janeiro de 1969

Notícia do jornal A TARDE, após a segunda vitória do Puma no Ceará, em maio de 1969.

Material utilizado: Notícias de jornais diversos, fotografias de Roberto Costa, fotografias do Automóvel Clube de Salvador.


quinta-feira, 20 de julho de 2017

Fusca - equipamentos e venenos dos anos 60/70

Nos anos 60 os Volkswagen Sedan 1200 que eram apelidados por aqui de Fusca, começaram a tomar conta das ruas e estradas do Brasil, tornando-se o carro preferido da grande maioria das famílias brasileiras que já tinham automóvel.
Junto com o crescimento da produção e venda do Fusca, veio também a oferta de equipamentos os mais diversos, para se melhorar o carrinho, quer seja na parte de conforto, com oferta de capas de napa, bancos reclináveis, acendedores de cigarros, rádios, etc.., como também na estética e no desempenho, onde se podia comprar rodas mais largas, alargadores de bitola, descargas esportivas, kits de dupla carburação, faróis de milha e neblina, etc...

 As capas de "Napa", para os bancos, estavam na moda.

 
Filtros de gasolina e óleo para os Volkswagen 1200.



Propaganda de equipamentos nas paginas das revistas Autoesporte e Quatro Rodas.

 Cinto de segurança era acessório naquela época.

Os primeiros escapamentos esportivos para o Volkswagen 1200 começaram a aparecer no mercado, como também os escapamentos esportivos importados de 4 saídas, tipo a Casiraco e  Abarth.

 Tapetes.
 
Alargadores de bitola.

 Os primeiros toca-fitas de cartucho.

Acendedor de cigarros para o Fusca, era um charme! 

 Bancos reclináveis.
 
Os volantes Walrod e os Formula 1 dos irmãos Fittipaldi eram alguns dos melhores.

Mexer nos fuscas começou como mania dos paulistas e espalhou para todo o país.
Nenhum "play boy" de respeito deixava de enfeitar, equipar ou como diziam também "guaribar" o seu fusca...   


Em 1967, com o lançamento dos motores 1300 (Fusca) e 1500 (Kombi e Karmann Ghia), o pessoal envolvido com as corridas de automóveis passou a utilizar mais o Fusca, desenvolvendo novos comandos de válvulas e colocando kits para maior cilindrada, o que aumentavam muito a performance dos veículos. Para o uso nas ruas, empresas como a Kadron, Puma, Envemo, Scorro, etc..., lançaram muitos equipamentos para os fuscas, tais como rodas de tala larga em magnésio, duplas carburações, estabilizadores, descargas esportivas e Kits diversos para aumento da potência dos motores Volkswagen.

 Estabilizadores para o Fusca.

Escapamento esportivo Grand Prix SS, para Fusca.

Escapamento esportivo Norma, para o Fusca.

 A primeira roda de magnésio Scorro.

Escapamentos Kadron.


Dupla carburação Kadron.


O Kit Puma de dupla carburação e mais potencia para os motores Volkswagen foi testado por Autoesporte.

Matéria da revista Autoesporte sobre o Fusca 1600 com carburação dupla da Puma.






Pumakit e todos os equipamentos que oferecia para a linha Volkswagen.


 Teste da revista Quatro Rodas com o Fusca 1600s dos Irmãos Fittipaldi.

 
Produtos da nova linha VW, a partir de 1970.


 Cabeçote com dupla entrada, do motor VW 1600

O maior desenvolvimento na mecânica Volkswagen porém, foi em 1970, após o lançamento do motor 1600 com cabeçote de dupla entrada na admissão, o que veio permitir a utilização de carburadores importados de duplo corpo tipo Weber, Solex e Dellorto, pois com o cabeçote de apenas uma entrada, do motor 1500, a carburação utilizada na preparação dos motores até então, ficava limitada à utilização de dois carburadores Solex 40, que por aqui era originária do Opala.





A partir de 1970 além das tradicionais Puma/ MM e Envemo, muitas outras empresas trabalhavam com preparação dos motores Volkswagen, a exemplo da Amador Auto Shop, Kinko, Draco e Jocar, em São Paulo, da Heve, Lemos Brentar e Speed Motor no Rio de Janeiro, da Cirauto em Curitiba, da Camber em Brasília, da Bauer Motor e Vepel em Salvador e da Vematec em Belo Horizonte, só para citar algumas entre muitas por este Brasil afora!


Junto com os novos carburadores começaram a aparecer no mercado novos comandos de válvulas, eixos virabrequim para aumentar o curso dos pistões e consequentemente a cilindrada, Kits do motor para 1700 e 1800cc, eixos virabrequim roletados, molas e balancins especiais, etc.... 

 Kitão Vicsa 2000

Comandos, molas e válvulas Iskenderian.


Matéria da revista Quatro rodas em 1974.


Propaganda da MM - Puma


Propaganda Gledson/Amador.

Propaganda da Envenecar de São Paulo, no meado dos anos 70.

Nos anos 70, a Lacom Schwitzer já oferecia um kit TURBO para o Fusca.


Também começaram a produzir novos escapamentos, rodas, faróis, equipamentos de som e todo tipo de acabamentos para melhorar o conforto e a estética dos Fuscas.



Velocímetro Kadron para 200 Km/h.



Instrumentos importados da Empi, OKRASA e Abarth.



Filtros de óleo para motores 1300, 1500 e 1600cc.


Equipamentos de som.



FAROIS


MATÉRIA ATUALIZADA EM 10/06/2020.
MATÉRIA ATUALIZADA EM 09/11/2021.
MATÉRIA ATUALIZADA EM 10/10/2023.

Material utilizado: fotografias de propagandas publicadas em revistas antigas, reproduções de matérias das revistas Quatro Rodas e Autoesporte, fotografia de opasgarage , texto de oldraces.blogspot.com