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terça-feira, 16 de novembro de 2021

A saga do cacau na Bahia

 


A Saga do Cacau, do apogeu à crise da lavoura cacaueira baiana!


Em 2018 o meu sobrinho Rogerio Vargens, escreveu um livro sobre a história da cultura do Cacau no estado da Bahia, mais precisamente na região do entorno dos municípios de Camacã, Ilhéus e Itabuna. 

É uma leitura muito interessante, visto que o autor foi criado dentro do ambiente das fazendas de cacau do avô e relata com muita precisão o apogeu e a queda da monocultura, após a mesma ser afetada pelo bioterrorismo da " vassoura de bruxa", que praticamente dizimou a cultura do cacau na Bahia.

Publicamos aqui algumas fotos do livro, onde aparecem alguns carros e utilitários que eram muito usados na região e que ainda circulavam na ativa, até poucos anos atras, também algumas fotos relacionadas à colheita e secagem do cacau, além de algumas belas paisagens da região cacaueira do sul da Bahia.











Carros e camionetes das décadas de 70/80, ainda circulando pela região cacaueira.

Ilhéus nos anos 60 e seu movimentado porto, por onde escoava a produção do maior produtor mundial, que era o estado da Bahia.


Lançamento em Salvador, do livro a Saga do Cacau.
Na fotografia abaixo, da esquerda p direita: Cláudio de Castro Lima, Rogerio Vargens, Mauricio C. Lima e Daniel Marques de Castro Lima. 


oldraces.blogspot.com

segunda-feira, 29 de junho de 2020

HISTÓRIA DO AUTOMOBILISMO BRASILEIRO - 68/69/70

HISTÓRIA DO AUTOMOBILISMO BRASILEIRO - 1968/1969/1970


Largada das 500 Milhas do Rio de Janeiro em 1968.

Os anos de 1968,1969 e 1970, incontestavelmente foram um marco na indústria automobilística e consequentemente no automobilismo esportivo brasileiro.

Na indústria, o lançamento de novos veículos como o Ford Galaxie, o Opala da GM, o Puma VW, o Corcel da Ford/Willys, o Dodge Dart da Chrysler, a nova linha Volkswagen com motor de 1600cc, vieram ampliar a oferta de um mercado composto em sua quase totalidade de veículos já bastante defasados em relação à indústria automobilística mundial!

 

O automobilismo esportivo brasileiro a partir dai  passou  por uma grande e crescente transformação que teve como início o ano de 1968 quando os primeiros novos veículos produzidos por aqui passaram a ser utilizados nas competições, a exemplo do Puma Volkswagen, do Corcel e do Opala.

Tiveram um papel muito importante no desenvolvimento esportivo e de competição destas novas mecânicas, a Bino, a Envemo, a MM e a própria Puma, colocando à disposição de equipes e pilotos, uma gama de equipamentos e configurações para altas performances nas pistas, tais como comandos de válvulas, kits para maior cilindrada, cabeçotes trabalhados, carburações duplas, caixas de marchas, radiadores de óleo, material p suspensão e freios, etc...  

 

 BINO


ENVEMO





PUMA

 

 

 MM

  

Desde o ano de1968, os novos veículos nacionais começaram a ser introduzidos gradativamente nas corridas, à medida que tinham a sua mecânica desenvolvida para as competições. Surgiram os primeiros Opalas de competição, dos irmãos Da Mata de Minas Gerais e dos irmãos Da Fonte de Pernambuco e o Corcel BINO da Cisa em Minas Gerais.

 

Corcel Bino da Cisa, pilotado por Emerson Fittipaldi nos 500Km de Belo horizonte.

 

O Opala dos irmãos Da Mata foi o primeiro a participar de uma competição.

 

Com a adoção em alguns carros da linha Volkswagen, do motor 1600cc com cabeçote de dupla entrada, a Puma, a MM e a Envemo passaram a desenvolver a mecânica VW para as competições, chegando o mesmo a cilindradas de 1.7, 1.8, 1.9, indo até 2,2 litros, com a potencia muito elevada, o que tornava estes motores bastante competitivos. Como consequência os fuscas bastante aliviados de peso e muito bem preparados passaram a proliferar nas competições em todo o Brasil.

 

O Puma da Escuderia AF foi o primeiro Puma VW a competir.

 

Os primeiros Pumas também apareceram nas pistas em 1968 em versões espartanas para competições, sendo o primeiro, preparado pela fábrica Puma para a equipe AF da Bahia que estreou nos 500 Km da Bahia em agosto de 1968. Surgiram também alguns Protótipos de competição com mecânica nacional, além de alguns exemplares bem preparados do Lorena GT. 

 

  O Protótipo Willys apresentado no Salão do Automóvel, foi alterado mecanicamente e rebatizado de Bino Mark II.



O nosso automobilismo que até final dos anos 60 ainda utilizava em larga escala os nacionais, Simca, Willys Interlagos , FNM 2000, DKW, Malzoni DKW, Gordini, protótipos diversos, íbridos como o Volks e os KG Porsche da DACON,os Binos Mark l, o Bino Mark II, o Fitti Porsche, além  dos importados como as Alfas GTA e Zagatto, BMW 2000 e algumas carreteras, passou a conviver com os novos nacionais e a partir de 1969 com a veloz Alfa Romeo P33 da equipe paulista Jolly Gancia e posteriormente, também com o Ford GT 40 da Equipe Colégio Arte e Instrução e com a Lola T 70 dos irmãos De Paoli.

A Alfa Romeo P33 da Equipe Jolly Gancia.

A primeira consequência disso foi a proliferação da construção de Protótipos de competição, com o surgimento de diversos pequenos fabricantes em varias partes do país. Estes protótipos em sua grande maioria utilizavam a mecânica Volkswagen a ar, que tinha um excelente potencial de desenvolvimento, mas também se faziam protótipos com outras mecânicas como Alfa Romeo, Renault R12 (do Corcel), Chevrolet e Ford.

Em 1969 a maioria das provas realizadas em território nacional eram em pistas de rua, algumas extremamente perigosas, como é o caso de Petrópolis e Lages, que tinham até piso em paralelepípedos em seu traçado e outras mais seguras (ou melhor, menos perigosas), como é o caso da Centenário em Salvador, do circuito da Barra da Tijuca no Rio de Janeiro, da pista de Brasília e da pista da Cidade Universitária no Recife. Os autódromos eram poucos, o do Ceará tinha acabado de ser inaugurado e Interlagos estava fechado para reformas desde o ano anterior.

 Com o Autódromo de Interlagos renovado e o Autódromo do Rio e alguns outros já uma realidade, a partir de 1972 as coisas mudaram drasticamente,  as corridas em circuitos de rua foram proibidas ( em nome da segurança) em todo o território nacional, numa decisão equivocada ao nosso ver *, porque restringiu muito a pratica do automobilismo apenas aos estados que tinham um autódromo, vindo a repercutir negativamente para o futuro deste fascinante esporte.  

A partir dai começou uma reformulação nas categorias do automobilismo brasileiro, surgindo a divisão 3 (dos VW " pinicos atômicos") e a divisão 5 dos Maverick e Opalas, entre varias outras.



 

 CONTINUA

  Fotografias de SONNTAG,Puma, Autoesporte. Texto Old Races.

  oldraces.blogspot.com  m.castrolima.arq@gmail.com




domingo, 17 de maio de 2020

MC 1600 Coupé - o sonho...

O ano em que eu quase virei construtor de automóveis:

Em 1976 fiz este projeto de um coupé, baseado na  mecânica do Ford Corcel, com a intenção inicial de fazer apenas uma unidade para o meu uso exclusivo.
Levei a ideia para um amigo, Carlos Batista, que era especialista em fibra de vidro e tinha uma grande oficina muito estruturada e uma das melhores de Salvador, tendo o mesmo se entusiasmado com a ideia, que logo evoluiu para fazermos uma sociedade e produzirmos em pequena série para comercialização, visto que ele tinha muitos equipamentos e um galpão disponível ao lado da oficina, o que de fato já era uma grande ajuda e facilitaria para iniciar o empreendimento.
Parti para finalizar o projeto, baseado sempre nas medidas e referencias técnicas do Corcel, do qual aproveitaríamos a mecânica inteira, daí ter que adaptar as linhas do novo carro às medidas do mesmo. 
Após o projeto concluído e detalhado, passamos para a fase da viabilidade técnica e financeira, donde os problemas começaram a surgir.
Inicialmente tínhamos a intenção de usar a estrutura do Corcel, mas logo chegamos à conclusão que seria inviável, aí a unica opção que restava seria a fabricação de um chassis próprio, o que achávamos que ficaria caro, mas mesmo assim projetamos e orçamos o mesmo, porém o custo ficou muito alto.
Dois outros itens que encareceram muito o projeto foram as peças importadas para aumento da potencia do motor, tais como carburadores Weber, comando de válvulas, kits de cilindros e cabeçote trabalhado da Alpine para o motor Renault R 12 francês, entre outros e as peças de acabamento interno, incluindo aí a parte instrumental importada. 
Porém o tiro de misericórdia no projeto, veio mesmo foi dos vidros, simplesmente não tinha como produzir, os fabricantes não se interessavam nem para dar o preço, a duras penas conseguimos uma ideia de custo de um deles e era simplesmente um absurdo! 
Após muitas pesquisas e muitas contas, chegamos à conclusão que era economicamente inviável produzir o carro como negócio, pois ficaria muito caro, tão caro que desisti de fazer até o meu único exemplar, o que foi uma pena e hoje me arrependo de não ter tentado levar adiante, pois nossos sonhos devemos tentar realizar, além do que teria ficado um belo automóvel !


Compilação dos rascunhos do projeto do MC 1600 Coupé.



                            Perfil
                            Frente
                             Fundo

O design da carroceria foi inspirado em um projeto anterior que tinha feito em 1973, que era uma carroceria de fibra estilo berlinette, para competição e seria montada sobre chassi do Volkswagen Sedan. 



Mauricio Castro Lima

quinta-feira, 13 de dezembro de 2018

Refazendo o Corcel Bino

Após muitos estudos e pesquisas, estamos na fase final de elaboração do projeto de recriação do Ford Corcel Bino, um verdadeiro ícone de nosso automobilismo do final dos anos 60 e inicio dos anos 70.
Por ser de mais fácil execução, planejamos a recriação de um dos primeiros exemplares do Bino, que foram montados utilizando o Corcel Coupé 1969.


 O belo visual dos primeiros Ford Corcel Bino Coupé em 1969.


O primeiro painel criado pela Bino Sandaco era mais simples,  de sobrepor e de fácil colocação, motivo pelo qual o adotaremos em nosso projeto, com instrumentos disponíveis no mercado,  (como na fotomontagem abaixo).

O motor também tinha o visual parecido com o motor original do Ford Corcel, salvo pela tampa de válvulas aletada, tampa do reservatório do óleo e da adoção de mais um carburador, porém utilizando o mesmo tipo de mangueiras e o filtro original adaptado.

Além do que foi citado acima e das modificações internas do motor, o escapamento esportivo Kadron ou Gran Prix, as rodas Bino tipo mexerica ou nos dois outros modelos oferecidos pela Bino, o cárter maior em magnésio, os faróis de milha amarelos, a entrada de ar do capo e a colocação dos emblemas Bino, vêm a complementar o projeto básico que iremos adotar!