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domingo, 17 de maio de 2020

MC 1600 Coupé - o sonho...

O ano em que eu quase virei construtor de automóveis:

Em 1976 fiz este projeto de um coupé, baseado na  mecânica do Ford Corcel, com a intenção inicial de fazer apenas uma unidade para o meu uso exclusivo.
Levei a ideia para um amigo, Carlos Batista, que era especialista em fibra de vidro e tinha uma grande oficina muito estruturada e uma das melhores de Salvador, tendo o mesmo se entusiasmado com a ideia, que logo evoluiu para fazermos uma sociedade e produzirmos em pequena série para comercialização, visto que ele tinha muitos equipamentos e um galpão disponível ao lado da oficina, o que de fato já era uma grande ajuda e facilitaria para iniciar o empreendimento.
Parti para finalizar o projeto, baseado sempre nas medidas e referencias técnicas do Corcel, do qual aproveitaríamos a mecânica inteira, daí ter que adaptar as linhas do novo carro às medidas do mesmo. 
Após o projeto concluído e detalhado, passamos para a fase da viabilidade técnica e financeira, donde os problemas começaram a surgir.
Inicialmente tínhamos a intenção de usar a estrutura do Corcel, mas logo chegamos à conclusão que seria inviável, aí a unica opção que restava seria a fabricação de um chassis próprio, o que achávamos que ficaria caro, mas mesmo assim projetamos e orçamos o mesmo, porém o custo ficou muito alto.
Dois outros itens que encareceram muito o projeto foram as peças importadas para aumento da potencia do motor, tais como carburadores Weber, comando de válvulas, kits de cilindros e cabeçote trabalhado da Alpine para o motor Renault R 12 francês, entre outros e as peças de acabamento interno, incluindo aí a parte instrumental importada. 
Porém o tiro de misericórdia no projeto, veio mesmo foi dos vidros, simplesmente não tinha como produzir, os fabricantes não se interessavam nem para dar o preço, a duras penas conseguimos uma ideia de custo de um deles e era simplesmente um absurdo! 
Após muitas pesquisas e muitas contas, chegamos à conclusão que era economicamente inviável produzir o carro como negócio, pois ficaria muito caro, tão caro que desisti de fazer até o meu único exemplar, o que foi uma pena e hoje me arrependo de não ter tentado levar adiante, pois nossos sonhos devemos tentar realizar, além do que teria ficado um belo automóvel !


Compilação dos rascunhos do projeto do MC 1600 Coupé.



                            Perfil
                            Frente
                             Fundo

O design da carroceria foi inspirado em um projeto anterior que tinha feito em 1973, que era uma carroceria de fibra estilo berlinette, para competição e seria montada sobre chassi do Volkswagen Sedan. 



Mauricio Castro Lima

quinta-feira, 7 de julho de 2016

Oficina Internacional


 Carlos Alberto Batista em uma pose na entrada da oficina em 1986. Na foto aparece ainda o nosso Alpine 1962.
 
No início dos anos 70, surgiu a Oficina Internacional localizada no Bairro da Federação em Salvador, que era especializada em consertar automóveis importados, vindo a ser uma das primeiras da cidade que recuperavam e faziam reparos em carrocerias de fibra de vidro.
Os proprietários dos primeiros Bugs, dos Lorenas, dos Pumas e de outros carros fora de série da época, passaram então a ser os principais clientes da oficina, que aos poucos foi ficando famosa pela boa qualidade de seus serviços. 


Vista panorâmica da oficina. No lado esquerdo junto ao Alpine, aparecem duas carrocerias, uma de MP Lafer e outra de Puma e no lado direito uma réplica da Mercedes Pagoda.

Fachada da Oficina Internacional e em amarelo e vermelho à direita a Internacional Auto Peças, revendia peças Puma e MP Lafer.

Nos anos 70, com a criação da Internacional Auto Peças, além da especialização em consertar carros de fibra, passaram a revender peças de Puma e MP Lafer.
Com a volta da importação de veículos nos anos 90, a oficina teve a sua melhor fase, tornando-se uma das mais requisitadas da cidade.



NOTICIA SOBRE A OFICINA: jornal A TARDE 30/03/1986
Nos tempos áureos da Internacional.Carlos Batista tinha a colaboração do pai Walter Batista e dos filhos, Marcio, Beto, Ró e Patricia, na administração da oficina.

Nos dias atuais, apesar de mais enxuta devido às turbulências na economia, a oficina continua lá no mesmo local, sendo ainda administrada por Carlos Batista e seus filhos Beto e Ró.


 oldraces.blogspot.com m.castrolima.arq@gmail.com