Translate

Mostrando postagens com marcador Roberto Bahia. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Roberto Bahia. Mostrar todas as postagens

sábado, 15 de julho de 2023

Roberto Bahia

Recebemos hoje com muita tristeza, a notícia do falecimento do ex piloto e grande amigo, Roberto Bahia Alice.

Que Deus lhe conceda muita luz e paz em seu descanso eterno ! 

🏁 🏁 🏁 🏆🏆🏆

Mauricio C. Lima

Old Races


segunda-feira, 22 de agosto de 2022

Circuito da Centenário - Reis Católicos

 - HISTÓRIA DO AUTOMOBILISMO BAHIANO -


O circuito da Avenida do Centenário em Salvador, tinha um trecho que atualmente sempre é pouco lembrado, pois ficava no extremo oposto à curva do posto, à área dos boxes e ao ponto de Partida/chegada, dai ter sido pouco fotografado, mas que nem por isso deixou de ter sido importante para os acontecimentos daquela época. 

Pista da Centenário foi recuperada em 1968.

Nesta rotatória em torno da Praça dos Reis Católicos, (que hoje não mais existe), aconteceram várias rodadas e alguns poucos acidentes pois era um trecho de média/baixa velocidade, porém da saída da rotatória para a reta, era um trecho de aceleração forte e foi palco de um grave acidente com o piloto Roberto Bahia, pilotando o Protótipo RM, o qual ficou totalmente destruído.

A chegada à rotatória no entanto era o local mais perigoso, devido a alta velocidade que os carros desenvolviam ao chegar na área de frenagem, conforme podemos ver assinalado no esboço e pelas fotografias abaixo:





Dá para ver nitidamente nas fotografias, as marcas dos pneus no asfalto, indicando a frenagem forte à qual os carros eram submetidos.


oldraces.blogspot.com

Fotografias de Mauricio C Lima, do acervo de Roberto Bahia e fotografias antigas compartilhadas da Internet, sem indicação de direitos autorais.

quinta-feira, 14 de março de 2019

História do automobilismo baiano - missa



Nas comemorações dos 50 anos das corridas do Circuito da Avenida do Centenário em Salvador, o mestre Adriano Fernandes, o mais antigo piloto baiano e um dos fundadores da vitoriosa Scuderie AF, mandou celebrar uma missa em homenagem a todos os automobilistas já falecidos que por aqui correram, ou tiveram participação ativa nas corridas do Farol da Barra e Avenida Centenário.
No início da celebração, os nomes dos automobilistas foram lidos e entre muitos outros, os de Eduardo Gomes Ribeiro, Aristóteles Moreira, Zelito Ferreira, Lulu Geladeira, José Luís Bastos, Paulo Lanat, Lev Smarcevscki, Chico Landi, Marcelo Campos, Emílio Zambello, José Carlos Pace (Môco), Marivaldo Fernandes, Piero Gancia, Ciro Caires, Otto Bauer, Antônio Carlos Pitta Lima (Toncar), Antônio Garcia de Medeiros Neto (Medeirinho), Silvio Rivault e Fernando Scafa.
Muitos automobilistas estiveram presentes para prestigiar Adriano e homenagear aqueles companheiros que já se foram!


Nazaré e Adriano Fernandes. 



Roberto Bahia, Fred Leal e Arthur Barros. 


Eduardo Tannus, Mauricio Castro Lima, Fred Leal e Roberto Bahia.

Fred Leal, Roberto Bahia e José Carlos Ferreira.

oldraces.blogspot.com


sábado, 7 de abril de 2018

Os protótipos Elva


  ELVA GT  

Complemento das matérias anteriores sobre a História dos ELVA, carros fabricados aqui na Bahia por Elcio Paiva no final dos anos 60.

A história dos protótipos de competição Elva começa no final da década de sessenta, quando Élcio Paiva, um engenheiro carioca e piloto de Kart, que veio com os pais morar na Bahia, decidiu fazer um carro para uso próprio, baseado nos moldes dos GTs esportivos e de competição que estavam muito em moda àquela época. Para realizar uma empreitada de tal envergadura Élcio contou com a ajuda do amigo e também engenheiro elétrico Raimundo Castro, mais conhecido como “Castrão”. Também participaram da construção do carro os amigos Francisco (Chiquinho) Lima Ribeiro, Paulo Roberto dos Santos e o piloto Lulu Geladeira (mecânica).
 
O GT usaria o chassi e mecânica Volkswagen como era a maioria dos fora de série brasileiros da época, pois não haviam muitas opções no mercado para servir de base para um projeto de porte como a criação de um automóvel esportivo. 
Após a fase inicial de projetos eles começaram a fazer os moldes da carroceria de fibra, na garagem da casa dos pais de Élcio no bairro da Pituba em Salvador.

Além do chassi e da mecânica o ELVA GT herdou dos VW muita coisa da parte elétrica e de acabamentos, tendo algumas peças sido fabricadas com exclusividade para ele, a exemplo de vidros laterais e traseiro, bancos e acabamentos diversos, herdando também dos PUMAS alguns componentes como os limpadores de para brisa.

Os primeiros testes de rua foram um sucesso e o GT agradou em cheio, por onde passava chamava muito a atenção de curiosos e automobilistas de todas as idades. Após os devidos procedimentos técnicos e aprovação no DETRAN o garboso GT, já devidamente emplacado, passou a circular pelas ruas de Salvador enchendo de orgulho os seus projetistas e construtores.
 O ELVA GT,  no antigo Kartódromo do Stiep em Salvador Bahia.
 
 Abaixo as fotografias e a reportagem feita com o ELVA GT em 1971, pela revista Auto Esporte.



As belas formas foram inspiradas no Ford GT 40 e na Lamborghini P 250.


Interior confortável e bonito, com excelente acabamento.

Reprodução ampliada da reportagem da revista Auto Esporte



Reportagem original da revista Auto Esporte, com dedicatória e assinatura de Elcio.

ELVA GT

OS PROTÓTIPOS DE COMPETIÇÃO:

Era a época de ouro do automobilismo baiano, a cidade tinha corridas com regularidade e varias equipes de competição sedentas para evoluir dos carros de turismo, preparados para correr na categoria força livre e migrar para a coqueluche do inicio dos anos setenta, que eram os protótipos de corrida.
  Elcio (à direita) e Chico Ribeiro (dentro do carro), finalizando a construção do Elva III da Equipe RM.

No final dos anos 60 e inicio dos anos 70 construíam-se protótipos por todo o Brasil a fora, do Rio Grande do Sul ao Ceará e como não poderia deixar de ser, a Bahia seguiu a tendência do resto do país. Neste contesto, o Elva se encaixou perfeitamente e logo entrou em cena com uma versão sem capota, baseada nas linhas do belo e aerodinâmico GT.
O primeiro Elva de competição foi produzido para a equipe Cobape, tendo o mesmo obtido alguns bons resultados nas corridas locais e regionais, chegando a correr nos 1.000 Km de Brasília de 1970.


  Protótipo ELVA I da Equipe Cobape, com chassi tubular.

Foram feitos protótipos Elva tanto com o aproveitamento da plataforma Volkswagen, como também com chassi tubular, com características e projetos diferentes, de acordo com a mecânica a ser adotada. 
 O primeiro protótipo ELVA  II da Equipe Cravo-Bauer nº111, utilizava o chassi Volkswagen.



ELVA III da Equipe  RM, alinhado para mais uma largada no Circuito da Avenida Centenário em Salvador, pilotado por Roberto Bahia. Este foi o mais belo dos carros feitos por Élcio.


Protótipo RM – Era uma carroceria ELVA modificada e encurtada, com chassi tubular, era um carro muito veloz, porém deixou de vencer varias corridas devido a falhas mecânicas e excesso dos seus pilotos.

 Protótipo Elva I da Cobape correndo nos 1000 Km de Brasília em 1970, pilotado pelos irmãos Fred e Carlos Leal, teve que abandonar a prova por acidente e consequente falha mecânica.


O primeiro protótipo ELVA I da Cobape, foi destruído num acidente na Centenário, pilotado por Carlos Alberto Medrado.

O segundo protótipo ELVA da Equipe Cravo-Bauer nº2, alinhado para largada no Autódromo Virgilio Távora no Ceará, aparecendo na foto os pilotos Ivan Cravo à esquerda e Otavio Cravo à direita com o capacete na mão, aparecem ainda Otto Bauer sentado no carro e o escultor Mario Cravo, de pé usando chapéu de palha. Este protótipo ELVA IV era montado sobre um chassi tubular, diferentemente dos primeiros Elvas que utilizavam a plataforma Volkswagen.

ELVA IV da Equipe Cravo-Bauer, alinhado para uma corrida no Ceará. No centro Otto Bauer e o piloto Ivan Cravo.








O primeiro Elva da Cravo-bauer, vencedor da prova Norte/Nordeste de 1971 em Salvador, pilotado por Ivan Cravo. Nas duas fotografias abaixo, vejam os detalhes do painel e da traseira, onde da para ver os enormes carburadores Weber 48.


NOTÍCIAS DA ÉPOCA:

Nesta notícia de um jornal da época, nas quatro fotografias exibidas em que aparecem protótipos, três são Elva.

 Notícia sobre acidente com o protótipo Elva II da Cravo-Bauer, na curva do posto da Avenida Centenário.
Noticia em um jornal do Ceará, sobre Ivan Cravo e o protótipo Elva da Cravo-Bauer.

Noticia do Jornal da Bahia de janeiro de 1972, sobre o Elva III da Equipe RM, que foi o vice-recordista do Circuito da Avenida Centenário. 

 É desconhecido o destino do Elva GT e dos protótipos da Equipe Cobape e da Equipe RM, quanto aos dois protótipos da Equipe Cravo Bauer, foram destruídos em um incêndio que aconteceu no atelier do escultor Mario Cravo, onde os mesmos estavam guardados, juntamente com o Fusca e o Lorena GT da equipe.

NOTA: Segundo informações recebidas por Francisco Ribeiro, o ELVA GT foi visto pela ultima vez por ele há muitos anos passados, abandonado em um terreno baldio na cidade de Itaparica, de onde deduzimos que o mesmo não mais exista.

História dos Elva (PARTE 1):

História dos Elva (PARTE 2):

Matéria atualizada e corrigida em 10/11/2021


Old Races.blogspot.com

Produzido por MAURICIO DE CASTRO LIMA -  m.castrolima.arq@gmail.com

Material utilizado na matéria: fotos de jornais da época, anotações, fotos e desenho do autor, fotos do acervo dos pilotos Mario Monteiro, Ivan Cravo, Fred Leal e Carlos Medrado, fotos do acervo de Arthur Barros e Francisco Ribeiro, foto retirada de mestrejoca.blogspot.com, pesquisas na INTERNET.