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Mostrando postagens com marcador Mario Cravo. Mostrar todas as postagens
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quinta-feira, 2 de agosto de 2018

Mario Cravo, artista plástico e automobilista!



A Bahia perdeu um dos seus maiores artistas plásticos, o escultor modernista Mario Cravo Júnior.
Mario que além de escultor era também pintor e desenhista, veio a falecer ontem em Salvador aos 95 anos de idade, vítima de complicações cárdio pulmonares, deixando um legado de importantes obras espalhadas pelo Brasil e pelo mundo.


O Cristo Crucificado da cidade de Vitória da Conquista na Bahia.

A fonte da Rampa do Mercado em Salvador.


A Cruz Caída, no Belvedere da Sé em Salvador.

Mario Cravo tinha verdadeira paixão pela arte e apesar da idade avançada, continuava trabalhando e produzindo suas obras regularmente até o mês passado, quando foi hospitalizado com um quadro grave de pneumonia.


Considerado um dos mais importantes artistas plásticos brasileiros do Século XX, foi um dos pioneiros da Arte Moderna na Bahia, tornando-se reconhecido internacionalmente por retratar, em suas obras, as tradições, crenças, costumes e os mitos do povo baiano.
Nascido em Salvador no ano de 1923, começou a pintar aos 15 anos, tendo trabalhado com escultores de peso como Pedro Ferreira e Humberto Cozzo.
Mario Cravo Jr. foi casado com a Sra. Maria Lúcia Ferraz Cravo, com quem teve quatro filhos.
Em suas andanças e aprendizado pelo mundo, morou nos Estados Unidos de 47 a 49 onde estudou e trabalhou na Siracuse University no estado de New York, tendo também montado o seu próprio atelier e na Alemanha em 64/65, onde fez várias exposições. 

O MARIO CRAVO AUTOMOBILISTA:

O que muita gente não sabe é que por trás daquele talento espetacular e sua enorme paixão pela arte, existia também a paixão pelo automobilismo, tão forte que o levou a montar em 1969 uma equipe de competições automobilísticas que atuou nas corridas da Av. Centenário em Salvador e em outros polos do automobilismo do Norte e Nordeste do país.
A Equipe chamava-se Cravo Bauer, uma parceria dele com o alemão Otto Bauer, dono da Bauer Motor e tinha como seus pilotos nada menos que seus filhos Ivan e Otavio (Pingo), além do sobrinho de sua esposa, o "Babinho", Carlos Eduardo Ferraz Silva.
Logo da Equipe Cravo Bauer que foi feito por Mario Cravo.

A turma dos pilotos baianos no Autódromo do Ceará, Mario Cravo esta na direita com seu tradicional chapéu de palha e na fotografia abaixo ele está agachado junto ao carro, nos boxes do Ceará.

 Mario Cravo e Babinho na pista da Centenário, tem nas mãos o capacete do filho Ivan Cravo.
Autódromo Virgílio Távora no Ceará, Ivan Cravo (esquerda), Otto Bauer sentado no carro, Mario Cravo e Pingo Cravo.
Neste recorte de jornal estão Mario Cravo, Adriano Fernandes e Ivan, comemorando a vitória nas 2 Horas de Velocidade, prova válida para o Campeonato Norte/Nordeste, em 1971. 
 Noticias sobre a vitória nas 2 Horas de Velocidade.
Anuário Brasileiro de automobilismo com comentários de Mario Cravo.


Link para a matéria sobre a equipe cravo Bauer:👇
https://oldraces.blogspot.com/2015/04/equipes-baianas-cravobauer.html

Link para a matéria do Correio da Bahia sobre Mario Cravo e sua paixão pelo automobilismo:👇
https://www.correio24horas.com.br/amp/salvador/de-piloto-frustrado-a-artista-genial-historias-de-quem-conviveu-com-mario-cravo-jr-0818


Fica aqui a nossa homenagem ao velho Mario, que fique em paz e que Deus o guie nesta sua nova jornada!



quarta-feira, 14 de setembro de 2016

Nos bastidores das corridas da Centenário

- HISTÓRIA DO AUTOMOBILISMO BAHIANO -

Vista do canteiro central da Avenida Centenário, as pessoas que conseguiam credencial para este acesso eram geralmente da imprensa ou que tinham ligações com a organização, ou com equipes e pilotos. Sempre ficavam por ali muitas garotas, amigas, namoradas, parentes ou paqueras de algum piloto.

Muitas vezes me perguntam como era o ambiente nos bastidores e no entorno das corridas da época da Avenida Centenário, como era o convívio entre os pilotos, se rolavam festas, como eram as paqueras, a visibilidade na imprensa, etc...

Avenida do Centenário em dia de corrida.

O ambiente entre os pilotos era como sempre foi e continua sendo até nos dias atuais em todo o mundo automobilístico, muito competitivo e cada qual cuidando dos seus próprios  interesses.
Éramos na grande maioria, amigos fora das pistas porém lá dentro era outra coisa, a rivalidade falava mais alto !


Os pilotos Fred Leal, Carlos Medrado e Toncar.

É preciso entender que a época era outra, as pessoas em geral tinham uma vida menos corrida, as ofertas de lazer eram bem menores que os dias atuais, o que tornava uma corrida de automóveis uma atração imperdível para grande parte da população da cidade, nos fins de semana de corridas, a vida de Bairros como Barra, Barra Avenida, Graça e Ondina era totalmente alterada, tudo em função do evento que era divulgado pelos jornais e televisões com grande antecedência!

O piloto André Burity dando entrevista a uma emissora de rádio após uma corrida.

Tietagem nos boxes.  

Tietagem na pista.

Tinham pilotos de várias camadas sociais, pessoas mais simples, como também membros da "alta sociedade", tinham  de estudantes a empresários bem sucedidos, além de pilotos da velha guarda, alguns já consagrados das corridas do Farol da Barra nos anos 50 e outros se iniciando no automobilismo esportivo.
Todos no entanto tinham que ter algumas coisas em comum independente do talento e origem social de cada um, primeiro tinham que ter dinheiro para cobrir o alto custo das corridas, quer por recursos próprios, das suas empresas ou da família, quer por meio de uma equipe ou de patrocinadores. Também tinham que ter muita dedicação e muita coragem para competir numa pista de rua como aquela e por fim tinham que ter uma boa equipe e um bom carro.

Carlos Eduardo Ferraz Silva e suas convidadas.

Esposas, namoradas e convidadas do pessoal da Escuderia AF.

Torcedoras da Escuderia AF e de José Luis Bastos.

Torcedores de Euvaldo Pinho.

 Pessoal da Escuderia AF, no lado direito o comandante Adriano Fernandes.

Namoradas e amigas dos pilotos da Equipe Cobape, ajudando nos trabalhos de box.

Pilotos & namoradas:

 John Brusell

Mauricio Castro Lima

Carlos Medrado

No final dos anos 60, a faixa etária dos pilotos baianos era muito variada, pois ao mesmo tempo que tinham  os pilotos veteranos da época das corridas do Farol da Barra, como Lulu Geladeira por exemplo, que era o mais velho, tinha 42 anos em 1968, enquanto os mais jovens estreantes daquele ano tinham apenas 18 anos!
Evidentemente que fora das pistas e do automobilismo esta grande diferença de idades se refletia muito nos relacionamentos, o que era normal, pois enquanto os mais jovens que na maioria eram solteiros tendiam a ter uma maior amizade entre eles e aproveitar ao máximo as festas, paqueras e tudo o mais que as corridas proporcionavam, os mais velhos em sua grande maioria eram pais de família casados e muitos já com filhos.
Tinha também o pessoal da faixa etária mediana que em muitos casos tinham namoradas fixas ou noivas, as quais ajudavam também na cronometragem da equipe.



Era comum ter solenidades posteriores às provas, muitas delas nas sedes das emissoras de TV que apoiavam as corridas, para entrega dos troféus e diplomas aos vencedores e participantes, mas informalmente sempre tinham algumas comemorações feitas pelas equipes logo após as corridas. Lembro-me para citar entre outras, comemorações nos clubes sociais Bahiano de Tênis e Yacht Club da Bahia, no Hotel da Bahia e também de comemorações da equipe AF na casa de Luis Caetano Moniz Barreto.

DIVERSOS:

Fred Leal rasgando a reta oposta aos boxes, com os expectadores credenciados do canteiro central ao fundo.

Mario Cravo, Adriano Fernandes e Ivan Cravo comemorando após uma corrida na Centenário e
abaixo o Protótipo ELVA da Equipe Cravo Bauer sendo manobrado por Ivan, note-se alguns curiosos atrás do carro, provavelmente atraídos pelo ronco da máquina.
 A preparação para a largada de uma corrida, era sempre uma grande agitação...

 A área dos boxes e abaixo uma visão do canteiro central da Centenário.

Notícias:
O Jornalista Paulo Brandão era um dos mais atuantes no automobilismo daquela época.


Os jornais baianos davam boa cobertura às corridas, muitas vezes com matérias de paginas inteiras.

Os pilotos eram prestigiados e incentivados pela imprensa esportiva e eram reconhecidos pelo público aficionado pelo automobilismo.


Old Races
Mauricio C. Lima


Fotografias do acervo de Fred Leal, Ivan Cravo, Mauricio Castro Lima, Carlos Alberto Medrado, Carlos Eduardo Ferraz Silva, John Brusell, Eduardo Bandeira Ribeiro e Mario Cabral Filho. Fotografia compartilhada do Facebook de Tania Moniz Barreto. Reportagens de jornais diversos.



oldraces.blogspot.com m.castrolima.arq@gmail.com

domingo, 5 de abril de 2015

Equipes baianas - CravoBauer


- HISTÓRIA DO AUTOMOBILISMO BAHIANO -


EQUIPE CRAVO-BAUER












A Equipe Cravo Bauer, foi criada a partir de uma parceria entre o escultor baiano Mario Cravo e a Oficina Bauer Motor, de Otto Bauer.

Todo o custo de manutenção da equipe, inclusive a compra dos carros, foram bancados por Mario Cravo, cabendo à Bauer Motor fornecer a mão de obra de mecânica, suporte técnico e guarda dos carros, disponibilizando toda a estrutura da oficina para a equipe.

Inicialmente o único piloto era Ivan Cravo, depois entrou Carlos Eduardo Silva (Babinho) e posteriormente o outro filho de Mario, Otávio Cravo (Pingo), também passou a pilotar pela equipe.

A CravoBauer foi uma das equipes mais competitivas da Bahia e teve alguns bons resultados, inclusive tendo vencido com Ivan uma prova do Torneio Norte-Nordeste em 1970 na Avenida do Centenário.


Ivan Cravo e Carlos Eduardo Ferraz Silva (Babinho)

O Elva I nº 111 da Equipe CravoBauer

O Elva I nº 33 alinhado para a largada de uma prova no Autódromo Virgilio Tavora.

O protótipo Elva II nº 2 (calango verde) pronto para a largada de uma prova no Ceará. Sentado no carro esta Otto Bauer, em pé de chapéu de palha, Mario Cravo Jr. e ao seu lado o piloto Otavio Cravo. No outro lado do carro esta Ivan Cravo.

O Elva II nº 2 da Equipe CravoBauer alinhado para a largada no autódromo do Ceará. Ao lado do carro estão Otto Bauer e Ivan Cravo.

A Equipe CravoBauer foi umas das equipes baianas além da Caria Ribeiro-Pepsi Cola (ex Escuderia AF) e Catu Motor, que continuaram correndo no Ceará após a proibição em 1972 de corridas de rua em todo o território nacional.


CURIOSIDADES/ DIVERSOS/ NOTÍCIAS:


O famoso escultor baiano Mario Cravo Jr. conversando com o piloto Carlos Eduardo Ferraz Silva, ao lado do VW Força Livre da Equipe Cravo Bauer. Notem que ele segura nas mãos o capacete do filho Ivan Cravo


Alguns pilotos da Bahia em uma pose nos boxes do Ceará. Identificamos da esquerda para a direita; Ivan Cravo (2º esq.), Carlos Medrado, Mario Monteiro e os dois últimos da direita, Mario Cravo e Otavio Cravo.

 Protótipo Elva I nº111 sendo manobrado por Ivan Cravo, no portão da casa de Mario Cravo, no bairro do Rio Vermelho em Salvador.

 Noticia sobre o acidente com Ivan Cravo no circuito da Avenida do Centenário em Salvador.


 Noticia de jornal sobre a boa atuação de Ivan e Otto Bauer no Autódromo Virgílio Tavora no Ceará

Noticias sobre a espetacular vitória de Ivan no Norte-Nordeste, sobre os Pumas da AF e demais "bichos papões" do automobilismo do Nordeste.  


Boxes no Ceará, no lado esquerdo o Elva II nº 2 de Otavio Cravo que esta agachado junto ao pai, Mario Cravo (com chapéu de palha).

O Lorena GT da Equipe Cravo Bauer, alinhado para uma largada no autódromo do Ceará, vendo-se o piloto Ivan Cravo em pé entre o Volks e o Lorena.


Noticias sobre uma prova no Ceará, em setembro de 1970, na fotografia aparece o protótipo Elva I da CravoBauer e a bandeirada de largada sendo dada pelo ator Claudio Marzo.

Local onde nos anos 60/70, era a oficina BAUER MOTOR, no Dique do Tororó em Salvador Bahia.

Estrutura da Equipe Cravo Bauer:

PILOTOS:
Ivan Cravo
Otavio (Pingo) Cravo
Carlos Eduardo Silva

Chefes de Equipe: 
Mario Cravo Jr.
Adriano Fernandes

Mecânica:
Otto Bauer

Patrocinadores:
Cibié
Metal Leve
Porém praticamente todos os custos eram bancados por Mario Cravo e Bauer Motor.


ATUALIZAÇÕES/REVISÕES:
Matéria atualizada em 02/05/2015
Matéria atualizada em 04/08/2016 
Matéria atualizada em 20/04/2020


Material utilizado: fotografias dos acervos de Ivan Cravo, Arthur Barros, Carlos Eduardo Ferraz Silva, Mauricio Castro Lima. Fotografia compartilhada de pesquisa na Internet, sem indicação de direito autoral.Reprodução de notícias: TRIBUNA DO CEARÁ de 14/09/1970 -  TRIBUNA DA BAHIA de 23/11/1970 - JORNAL DA BAHIA.

oldraces.blogspot.com m.castrolima.arq@gmail.com