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sábado, 30 de julho de 2022

Os clubes de automobilismo da Bahia


 A história do automobilismo oficial da nossa cidade, começa no ano de 1952, com a realização de uma corrida de âmbito internacional, no circuito do Farol da Barra, que foi realizado pelo Automóvel Clube do Brasil, entidade que também realizou Rallyes e corridas nos anos de 1953 e 1954.
Posteriormente foi criada uma espécie de sucursal do Automóvel Clube do Brasil na Bahia, denominada de Automóvel Clube da Bahia, que presidida pelo piloto Adriano Fernandes, veio a promover as corridas de automóveis, karts e rallyes que se realizaram por aqui nos anos de 1954 a 1967, inclusive um fatídico quilômetro de arranque nos Dendezeiros, no qual veio a falecer o piloto Fernando Scafa.
Em 08 de dezembro de 1967, sob a égide da CBA - Confederação Brasileira de Automobilismo, foi fundado o ACS - Automóvel Clube de Salvador, entidade independente e que viria a se tornar o organizador de todas as corridas realizadas no célebre circuito de rua da Avenida do Centenário, entre os anos de 1968 e 1972.
Em 23 de agosto de 1968, por iniciativa dos membros do ACS, foi fundada a FBA - Federação Bahiana de Automobilismo.
Após a proibição nacional de se realizar corridas em circuitos de rua, o ACS ainda continuou acompanhando as competições e dando suporte aos pilotos baianos que ainda corriam em autódromos de outros estados, porém do final dos anos 70 até o início dos anos 90, passou por um longo processo de estagnação e inatividade.
Nos anos 90 os pilotos Carlos Alberto Medrado e Mauricio Castro Lima, receberam do Sr. Aristóteles Moreira, toda a documentação e pertences do clube que estavam em poder do mesmo, desde que um pequeno incêndio atingiu o escritório do Posto do Cristo, que pertencia a Eduardo Gomes Ribeiro e onde os mesmos estavam guardados.
A partir daí  Carlos Medrado deu inicio à revitalização do clube, inicialmente promovendo em parceria com a FBA - Federação Bahiana de Automobilismo, algumas provas de arrancada e posteriormente filiando o ACS às entidades nacionais de antigomobilismo, passando a promover os primeiros encontros de veículos clássicos e antigos do Estado da Bahia e também realizando os primeiros licenciamentos de veículos de coleção, com emissão dos primeiros certificados de originalidade para a obtenção da famosa "placa preta". 
Entre as principais realizações do ACS neste período, estão também os Rallyes da Independência para veículos clássicos e a primeira prova de subida de montanha realizada no Estado da Bahia, na estrada que liga a cidade de São Felix a Muritiba.
Foi também o ACS quem realizou o mapeamento e homologação dos circuitos de rua do Comércio, na Cidade Baixa, onde foram realizadas as provas da Copa Clio e da Formula Renault e do CAB - Centro Administrativo da Bahia, onde foram realizadas as corridas da Stock Car.
Por motivos políticos e interesses escusos no entanto, não chegou a realizar as corridas que pretendia, a exemplo da Formula 3 Sul Americana, a qual seria realizada no circuito do Comércio.
Nos últimos 15 anos o ACS voltou a ficar inativo e agora passa para mais uma etapa da sua existência, onde deverá enfrentar novos desafios, sob a batuta do experiente colecionador e automobilista , Jorge Cirne.
                                                     -o-

NOTA: 

Em 1966 foi fundada a ABK Associação Bahiana de Kart.

No final dos anos 70, foi fundado aqui em Salvador o BAC - Bahia Automóvel Clube, que promoveu diversas provas de Rallye e algumas provas de arrancada.





Primeira corrida oficial de Salvador, no circuito do Farol da Barra em 1952, organizada pelo Automóvel Clube do Brasil.


Corrida no Farol da Barra em 1961, organizada pelo Automóvel Clube da Bahia.


Reunião em 1961, na sede do Automóvel Clube da Bahia, com a participação de vários pilotos de outros estados.


Corrida no Circuito da Avenida Centenário em 1968, organizada pelo ACS - Automóvel Clube de Salvador.

oldraces.blogspot.com


quinta-feira, 17 de dezembro de 2015

RECORDANDO UMA ÉPOCA MARCANTE - Eduardo Ribeiro


- HISTÓRIA DO AUTOMOBILISMO BAHIANO -

Eduardo Gomes Ribeiro (Dudu)

Em diversas ocasiões aqui no blog ressaltamos a importância que teve o saudoso Dudu, no automobilismo da nossa cidade do Salvador nos anos 60/70.
Eduardo Gomes Ribeiro, junto com Adriano Fernandes, Aristóteles Moreira, Renato Caría e Álvaro da Silveira, era uma das principais "engrenagens" que faziam com que as corridas fossem realizadas com sucesso! 
Por este motivo, além da grande amizade e afeto que tinha por ele, solicitei ao Eduardo (filho) que escrevesse algo sobre as recordações que tinha daquela época que foi tão marcante para algumas gerações de automobilistas e aficionados do esporte a motor.
Eduardo apesar de muito jovem naqueles anos, acompanhava sempre o pai nos preparativos das corridas e dos encontros automobilísticos realizados no Posto do Cristo. 

Posto do Cristo na década de 60.

Premiações no Posto do Cristo:(acima- Eduardo Ribeiro, Leonardo Godoi e André Burity (com a taça). (abaixo)- Elias Uanus recebendo prêmio das mãos de Renato Caria, sob o olhar atento de Dudu.


Puma Espartano da escuderia AF, em exposição no Posto do Cristo.

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DEPOIMENTO

RECORDANDO UMA ÉPOCA MARCANTE





Num breve encontro com Mauricio no Shopping Barra ele me pediu para escrever um pouco sobre as corridas da Avenida Centenário.



Escrever não é o meu forte, mas como o assunto é uma época marcante na nossa vida ficamos motivados a tentar transmitir um pouco do que vivemos naquela época.



Com já noticiado amplamente nesse blog meu pai Eduardo Gomes Ribeiro, mais conhecido por todos como Dudu do Posto do Cristo, teve uma participação ativa nesse período. A sede do automóvel Clube de Salvador era no nosso Posto do Cristo.



Porem a participação de meu pai não se limitava simplesmente a emprestar a nossa sede ao Automóvel Clube, lá também eram feitas as reuniões que preparavam as provas, onde eram guardados todos os materiais utilizados pela organização, exposição dos carros após as corridas, entrega de prêmios das competições,  além de ser o  ponto de encontro no dia a dia, de todos que curtiam a paixão pelo automobilismo.



Gostaria de destacar um episódio, como prova do envolvimento dele com o Automóvel Clube. Era o dia que seria disputada uma das provas da Av. Centenário e ao vistoriar a pista logo cedo com meu pai  a encontramos  coberta de areia em alguns pontos, pois uma  forte chuva que havia caído durante a noite.



Diante daquela situação meu pai não pensou duas vezes, reuniu algumas pessoas que já estavam no circuito entrou no mercado comprou algumas vassouras e metemos a mão na massa, para garantir que no horário da prova tudo estivesse limpo e em segurança para os pilotos e espectadores, assim meu pai dava vazão a sua paixão pelo automobilismo não medindo esforços para que as corridas acontecessem mesmos com os poucos recursos da época.



Nos dias que antecediam às  corridas a movimentação era intensa no Posto do Cristo, pilotos organizadores e curiosos ali se reuniam  nos finais de tarde.



Em especial gostaria de destacar a presença marcante  de Lulu Geladeira, que continuou mesmo depois desse período frequentando nosso Posto, durante muitos anos, era raro o dia que Lulu não dava uma passadinha por lá, sempre disposto a ajudar.

Esse era um grande ser humano e extraordinário piloto que marcou época nas corridas da centenário e em outras capitais onde disputou provas com varias vitórias.

Espero ter contribuído contando um pouco sobre essa época muito boa que marcou em minha vida.

Um grande abraço a todos, um feliz 2016!



Eduardo Bandeira Ribeiro


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Clique no link abaixo e veja também a matéria Posto do Cristo - 1968
http://oldraces.blogspot.com.br/2013/09/posto-do-cristo-1968.html



Depoimento e fotografias de Eduardo Bandeira Ribeiro.
oldraces.blogspot.com m.castrolima.arq@gmail.com


sábado, 21 de setembro de 2013

Posto do Cristo - 1968

-HISTÓRIA DO AUTOMOBILISMO BAHIANO-


-TRIBUTO A EDUARDO GOMES RIBEIRO-

         Posto do Cristo.
 
                   Eduardo Gomes Ribeiro.

O Posto do Cristo ficou definitivamente ligado à história do automobilismo da Bahia, era a sede do Automóvel Clube de Salvador, a sede extra-oficial da Federação Bahiana de Automobilismo e o lugar onde as coisas ligadas ao automobilismo aconteciam. Na semana que antecedia uma corrida era tudo muito movimentado, com reuniões de pilotos, de dirigentes, do pessoal de apoio, de patrocinadores ligados ao automobilismo e até mesmo simpatizantes do esporte que apareciam para puro bate papo.
Tudo isto acontecia porque Eduardo Gomes Ribeiro, o proprietário do posto, era também Diretor de Provas do Automóvel Clube e uma das "molas mestras" da organização das corridas em nossa cidade.

                                                  
 Visual do posto nos anos 60 com o Morro Ipiranga ao fundo.
       Posto do Cristo no início da década de 60.


Puma da  AF  no Posto do Cristo em 1968.
O Puma em exposição no posto em novemrbo de 1968, após vencer em Recife a primeira corrida de  um Puma VW.

                                * * * * 
         Posto do Cristo em 1969 👇

O Puma espartano 1968 da escuderia AF, em exposição
no Posto do Cristo após vencer a corrida de inau-
guração do Autódromo Virgílio Távora no Ceará ,  em janeiro de 1969.


Este  foi o primeiro Puma Volkswagen a 
participar de uma corrida, os 500 Km da Bahia ,
realizado em 25 de agosto de 1968, alguns meses antes destas fotos.


Notem o nome PUMA no lugar da placa, foi colocado  para
uma seção de fotografias publicitárias da fábrica
Puma

                 

   
Posto do Cristo em 1969
 Puma da AF em exposição no posto, após mais uma vitória na pista da Avenida do Centenário no inicio de 1969. Aqui já apresenta um visual diferente, com as entradas de ar tipo periscópio.

 Eduardo Ribeiro em plena atividade na pista da Avenida do Centenário, dando bandeira vermelha para um concorrente.


Da esquerda para a direita, Mauricio Fainstein, Aristóteles Moreira (diretor esportivo da Federação Bahiana de Automobilismo) e Eduardo Ribeiro (de calça branca).

Cocktail pós corrida, pilotos José Luis Bastos e Lulu geladeira, uma pessoa não identificada entre os dois pilotos, Eduardo Ribeiro, Adriano Fernandes (chefe de equipe da Escuderia AF) e o prefeito Antônio Carlos Magalhães.

Eduardo Ribeiro foi um homem honrado, bom amigo, pai de família exemplar! Como dirigente esportivo, não fazia por menos, sempre dedicado ao automobilismo procurava ajudar os pilotos, principalmente os mais novos, cedia as instalações do seu próprio negócio para encontros, reuniões e outros eventos relacionados ao esporte a motor. Quando problemas apareciam ele era sempre o mediador, como um juiz, que de fato ele foi!
Após a proibição das corridas de rua em todo o país, passou a dedicar-se à pesca oceânica esportiva com o mesmo afinco e competência que se dedicava ao automobilismo!

No final dos anos 90, Eduardo Ribeiro já aposentado ao lado do filho e sucessor Eduardo Bandeira Ribeiro.


Fotos: arquivo Old Races, arquivo Eduardo B.Ribeiro.Texto - Mauricio de Castro Lima.




Anônimo Mário Cabral Filho disse...
Conheci Eduardão na febre do rádio Faixa do Cidadão, erroneamente chamado de PX, já era Rádio Amador desde de pequeno e o meu rádio era enorme um receptor e um transmissor separados e grandes, quando vi, no carro de Marcelo Guerreiro, um rádio do tamanho de um toca fitas, falando para o mundo fiquei maluco. Com ele fiz a encomenda, foram tempos felizes de muita brincadeiras via rádio e viagens, passando pela contra mão em lombadas, o carro da frente dava o sinal verde, e os outros motoristas nos chamavam de malucos e irresponsáveis.
 Uma figura muito querida e especial