old races: circuito da Cidade Universitária

- HISTÓRIA DO AUTOMOBILISMO BRASILEIRO -

Nos anos 60 o Brasil tinha pouquíssimos autódromos e por isso a maioria das corridas de automóveis era realizada em circuitos de rua, muitos deles improvisados e com muito pouca segurança!
Vou tentar mostrar aqui por meio de fotografias alguns dos mais tradicionais circuitos do país onde se realizavam corridas com uma certa frequência.
Além das capitais e regiões metropolitanas como Brasília, Rio de Janeiro, Salvador, Belo Horizonte, Recife, Goiânia, Porto Alegre, Maceió, Teresina, Curitiba, Florianópolis, Natal, Niterói e Fortaleza, algumas outras cidades também tinham suas corridas com certa regularidade, é o caso de Petrópolis, Lajes, Piracicaba, Araraquara, Cascavel, Passo Fundo, Pelotas, Chapecó, Itajaí, Joinville, Blumenau, Joaçaba, Rio Grande, São Leopoldo, Camaquã, Juiz de Fora, além dos circuitos de Ilha do Fundão, Novo Hamburgo, Praias do Atlântico Sul e Teresópolis, entre muitos outros.
Cito aqui também apesar de não ter registros fotográficos, os circuitos de Caxias do Sul -RS, Campinas -SP, Tramandaí -RS, São Francisco - RS, Poços de Caldas - MG, São José dos Pinhais - PR, Caruaru -PE, Torres - RS, Santa Maria -RS e Santos -SP.

Alguns circuitos sediaram provas nacionais importantes e de longa duração como os 1.000 Km de Brasília, as 12 Horas de Lages, os 500 Km da Bahia, as 12 Horas de Porto Alegre, 500 km de Porto Alegre e as 100 Milhas de Belo Horizonte entre outras.
Os circuitos de rua daquela época eram em geral perigosos, sem muitas medidas de segurança que são adotadas nos dias atuais, como muretas de proteção, guard rails etc... Corria-se naqueles tempos em pistas apertadas, com postes e árvores sem as devidas proteções e até em pistas pavimentadas com paralelepípedos.
Alguns deles, a exemplo de Petrópolis que era um dos mais perigosos, ficaram marcados por tragédias e mortes, outros primavam pelo improviso, sem locais adequados para os boxes nem locais seguros para o público que constantemente invadia a pista. Uma das raras exceções foi o circuito da Avenida Centenário em Salvador, que devido a sua posição em um vale, com encostas em quase toda a extensão, permitia ao público ficar em um nível mais elevado em relação ao asfalto e com uma ótima visão da pista.
Na segunda metade da década de 60, foram inaugurados os autódromos do Ceará, do Rio de Janeiro e de Guaporé no Rio Grande do Sul, que vieram fazer companhia ao já consagrado Autódromo de Interlagos na capital paulista, que até então era o único em operação no país.